“Neste momento, não é uma questão de enviar o exército”, indicou o Primeiro-ministro em conferência de imprensa, especificando que era necessário ser “muito, muito cuidadoso antes de enviar o exército quando estão envolvidos cidadãos canadianos”.
Desde sábado, a capital canadiana é palco de um movimento de protesto iniciado por camionistas que estão contra a vacinação obrigatória para poderem cruzar a fronteira terrestre entre o Canadá e os Estados Unidos.
No sábado, centenas de camiões bloquearam as ruas do centro da cidade e cerca de 15 mil pessoas manifestaram-se em frente ao parlamento federal e ao gabinete de Trudeau.
Passados seis dias, algumas dezenas de camiões ainda se encontravam na mesma zona, continuando a buzinar e bloquear o trânsito no coração da capital federal.
Na quarta-feira, a polícia de Otava deu a entender que poderia ser necessário mobilizar o exército para acabar com os protestos.
“As forças policiais devem fazer o seu trabalho”, observou Trudeau, adiantando que não foi feito nenhum pedido às autoridades federais.
Mas, acima de tudo, reiterou, é “hora dos manifestantes voltarem para casa”, porque “estão a perturbar e a assediar dos habitantes” de Otava.
Os organizadores do movimento esperam mais manifestantes nas ruas de Otava no próximo fim de semana, o que as forças policiais temem.
Uma campanha da angariação de fundos na plataforma GoFundMe permitiu que os líderes do movimento arrecadassem mais de 10 milhões de dólares canadianos (sete milhões de euros).
Manifestações semelhantes estão também a ser organizadas em Toronto e na cidade do Quebeque, onde caravanas de camionistas são esperadas nos próximos dias.
Em Alberta, na fronteira com os Estados Unidos, o trânsito foi parcialmente retomado hoje após vários dias de bloqueio total por manifestantes em camiões ou tratores.
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