O Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL) e os operadores portuários estão desde as 15:30 reunidos no Ministério do Mar, em Oeiras, para tentar resolver o conflito laboral no Porto de Setúbal, que conduziu à paralisação dos estivadores contratados ao turno desde 05 de novembro.
Este é o segundo encontro que decorre para o efeito, tendo o primeiro ocorrido na segunda-feira, mediado pela ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, que hoje está representada pelo secretário de Estado das Pescas.
Pelas 19:00, José Apolinário aproveitou uma pausa nos trabalhos para fazer um balanço do encontro e reiterou a vontade do Governo de ajudar a alcançar um consenso entre patrões e trabalhadores.
“Está a ser uma discussão viva e de aqui a algum tempo espero que haja algum resultado desse trabalho. Temos procurado trocar opiniões sobre os temas que justificam trabalho para um acordo e, portanto, estamos a trabalhar junto das entidades para que se possa chegar a um consenso”, apontou o governante.
José Apolinário lançou a possibilidade de os trabalhos prosseguirem na sexta-feira: “Nós estamos sentados à mesa e vamos prosseguir os trabalhos hoje e se necessário amanhã”.
Na segunda-feira, dia em que ocorreu a primeira reunião, a ministra do Mar garantiu haver abertura das várias entidades para resolver o problema da precariedade em Setúbal, notando que se mantinha um diferendo quanto aos moldes da negociação.
De acordo com a governante, a maior discordância verifica-se nos moldes da negociação, uma vez que o SEAL defende que a mesma deve prosseguir com a paragem total do porto, enquanto os operadores desejam que os estivadores regressem ao trabalho, uma vez que apenas está em vigor um pré-aviso de greve às horas extraordinárias e não à totalidade da carga horária.
Cerca de 90 trabalhadores contratados ao turno, em Setúbal, pela empresa de trabalho portuário Operestiva, alguns há mais de dez e outros há mais de 20 anos, têm efetuado protestos contra a situação de precariedade, exigindo, sobretudo, um contrato coletivo de trabalho.
Paralelamente, está também a decorrer uma greve, dos estivadores afetos ao SEAL, ao trabalho extraordinário, que se vai prolongar até janeiro de 2019, em defesa da liberdade de filiação sindical.
Esta greve abrange os portos de Lisboa, Setúbal, Sines, Figueira da Foz, Leixões, Caniçal (Madeira), Ponta Delgada e Praia da Vitória (Açores).
Comentários