O Jornal de Notícias avança na edição de hoje que em 10 das 33 unidades hospitalares que têm instalações para receber helicópteros de emergência médica está proibida a aterragem de voos noturnos, entre os quais o Hospital de Santa Maria, que tem de usar os aeroportos militares de Lisboa.
Em declarações aos jornalistas, à margem do evento “O dia do Infarmed, Francisco Ramos afirmou que “cada situação é uma situação”.
“Nem todas têm os mesmos contornos, há situações em que não faz sentido o heliporto estar disponível à noite, há situações em que será feita a devida adequação”, disse o secretário de Estado.
“Nos casos em que for preciso adequar as condições para que eles possam e devam funcionar à noite isso será naturalmente feito para respeitarmos todas as condições de segurança”, sustentou.
Francisco Ramos disse que há seis meses foi helitransportado para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, na sequência de um acidente: “correu tudo muito bem, cheguei à noite a Santa Maria sem nenhum problema de segurança”.
De acordo com o Jornal de Notícias, um terço dos heliportos hospitalares, incluindo o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, estão impedidos de receber voos noturnos de emergência médica por não cumprirem vários requisitos técnicos como a ausência de sinalização luminosa de auxílio à aterragem.
Os hospitais de Guimarães e Lamego, no distrito de Viseu, não têm certificação para qualquer voo.
A proibição foi imposta pela ANAC, entidade responsável pela certificação e fiscalização.
No que diz respeito ao hospital de Guimarães, a ANAC, citada pelo jornal, adiantou que o heliporto “está fechado por não reunir condições para a operação” e em Lamego não terá sido solicitada a certificação.
A lista de heliportos que não permitem aterragens noturnas inclui ainda os hospitais Garcia de Horta, em Almada, de Santarém, de Tomar, dos Covões, em Coimbra, de Mirandela e o hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal.
Aos 33 heliportos hospitalares juntam-se mais 11 que recebem helicópteros de emergência médica que são propriedade de câmaras, bombeiros, Porto de Sines (um) e de privados (um).
Além da falta de sinalização, a ANAC adianta ainda que a proibição de voos à noite também se deve “à inspeção regular”.
Este cenário, segundo o JN, verifica-se há mais de duas décadas após o arranque do serviço de helicópteros de emergência médica.
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