“Recebi, em choque, a notícia do falecimento do meu estimado e admirado jornalista açoriano, uma influência na comunicação social portuguesa durante tantos anos. É uma perda para a cultura portuguesa e para o jornalismo democrático em Portugal e na Europa”, lamentou José Manuel Bolieiro, presidente do executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM, em declarações aos jornalistas no Canadá, onde se encontra em visita oficial.
O governante expressou ainda, “em nome da açorianidade”, um “sentimento de pesar e condolências solidárias”.
O fundador do PS, professor universitário e vice-presidente da ERC - Entidade Reguladora para a Comunicação Social, Mário Mesquita morreu hoje aos 72 anos, disse à agência Lusa fonte socialista.
Licenciado em Comunicação Social pela Universidade Católica de Lovaina, Mário Mesquita foi diretor do Diário de Notícias e do Diário de Lisboa, tendo trabalhado ainda nos jornais República e Público.
Natural de Ponta Delgada, Mário Mesquita esteve ligado à oposição democrática desde a sua juventude, apoiando a CDE dos Açores em 1969 e 1973 e estando sempre próximo de figuras socialistas como Jaime Gama e Carlos César.
Esteve depois entre os fundadores do PS, em abril de 1973, na República Federal Alemã, e após o 25 de Abril de 1974 foi deputado à Assembleia Constituinte (1975-1976).
Na primeira legislatura, voltou a ser eleito deputado pelos socialistas, mas afastou-se do PS em 1978.
Como professor universitário, entre outros estabelecimentos de ensino, deu aulas na Escola Superior de Comunicação Social em Lisboa.
Em 1981, foi agraciado com o grau de comendador da Ordem do Infante D. Henrique pelo então Presidente da República, Ramalho Eanes.
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