Estas posições foram transmitidas por Ana Catarina Mendes na sessão de abertura das Jornadas Parlamentares do PS, em Tomar, distrito de Santarém, que na terça-feira vão ser encerradas pelo primeiro-ministro, António Costa.
No seu discurso, a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares realçou a ideia de que, mesmo havendo uma maioria absoluta do PS na Assembleia da República, este órgão de soberania deve contribuir para as soluções políticas, advertindo então que, se as populações perderem respeito pelo parlamento, “é a democracia que está em causa”.
Depois, assinalou que o PS está no Governo desde novembro de 2015, tendo sido reconduzido para funções governativas em 2019 e em 2022 após duas eleições legislativas.
“Ouvir o presidente do PSD, Luís Montenegro dizer que os portugueses precisam de previsibilidade, dizer que quer mais rendimentos e uma política fiscal com mais escalões de IRS, então é bom lembrar que até 2015 — a História faz-se com memória — que foi o Governo PSD/CDS quem se lembrou de criar uma sobretaxa de IRS, que diminuiu os escalões de IRS, cortou pensões e salários”, disse, recebendo palmas dos deputados socialistas.
Em contraponto, de acordo com a ministra Ana Catarina Mendes, a prioridade dos executivos do PS passou “por repor rendimentos e criar empregos”.
“Nos dois anos de pandemia de covid-19, demonstrámos a diferença entre ser a esquerda ou a direita a governar. Respondemos à pandemia com solidariedade, protegendo os rendimentos”, sustentou.
No plano institucional, Ana Catarina Mendes defendeu que o caminho do Governo é o de continuar “um caminho de responsabilidade e de resposta” aos cidadãos.
“Este não é um Governo alheado da realidade. Este é um Governo que faz, que respeita o parlamento mesmo tendo maioria absoluta. Por isso faz pontes, estimula o diálogo e alcança compromissos. Este é um Governo para durar até 2026”, acentuou.
Após procurar evidenciar as medidas tomadas pelo seu executivo para mitigar os efeitos da inflação, destacando as propostas para um novo aumento em 1% dos salários dos trabalhadores da administração pública e para a consagração do IVA zero em alguns produtos essenciais do cabaz alimentar, a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares voltou a visar o presidente do PSD.
“Doutor Montenegro, não acordámos hoje para os problemas do país. Ao contrário da direita, nós não somamos às dificuldades dos portugueses mais dificuldades. Respondemos solidariamente às dificuldades dos portugueses. Essa é a diferença entre quem acredita num Estado social que protege e que melhora os serviços públicos” e quem não acredita, acrescentou.
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