“Nesses últimos anos, a imagem de São Tomé e Príncipe tem-se degradado de uma forma que nós temos que pôr cobro a essa situação e responsabilizar as pessoas que enviam os estudantes, principalmente para Portugal […]. Alguns até, eu não tenho problemas em dizer, que fazem negócio com essa inscrição dos estudantes em formações profissionais. As escolas não têm condições mínimas nem de alojamento, nem dos materiais”, apontou Isabel Abreu.

A ministra de São Tomé e Príncipe falava no final de um encontro com representantes de associações, fundações e outras instituições e pessoas que têm promovido o envio de estudantes são-tomenses para Portugal.

A ministra da Educação admitiu que “tem havido muitos problemas com jovens estudantes no exterior do país, principalmente aqueles que vão fazer formação técnica profissional” em Portugal.

A preocupação foi analisada no Conselho de Ministros da semana passada, que orientou a ministra da Educação a adotar medidas para o melhor seguimento destes processos.

“Os estudantes que vão não são preparados, não há nenhum encontro. Eles fazem inscrição e os pais também sacrificam, vendem tudo. Pouco que têm, eles compram termos de responsabilidade, compram bilhetes de passagem e os meninos vão”, apontou a ministra.

Isabel Abreu sublinhou que “nem todos concluem a formação para o regresso, nem tão pouco para o seu futuro”.

“Queremos estabelecer critérios para a saída doravante dos estudantes […]. Já criámos um gabinete do Ministério da Educação [em] que todos os processos passarão por cá”, adiantou Isabel Abreu.