Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN, disse que da reunião saiu “a disponibilidade [do Governo] para se fazer investimento na aquisição de rodas para o metropolitano e outros materiais suscetíveis de retirar a carga de imobilizados” que neste momento existe na frota das empresas públicas de transportes.
De acordo com Arménio Carlos, que esteve acompanhado na reunião pela representante da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), Anabela Carvalheira, foi discutida com o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, a situação das empresas públicas do sector de transportes: Carris, Metro de Lisboa, STCP, Transtejo e Soflusa.
“A falta de material levou a imobilização da frota, e precisamos de rodas e portas para o Metro. O ministro reconheceu os problemas, deu-nos razão. Registou algumas das questões e disse estar a tomar medidas”, disse Arménio Carlos.
O líder da CGTP frisou também que o João Pedro Matos Fernandes foi sensível à questão da contratação de pessoal, bem como à articulação do funcionamento das empresas na prestação do serviço público.
Arménio Carlos lembrou, ainda, que além das queixas dos utentes que os sindicatos vão denunciando, são cada vez mais as preocupações dos trabalhadores das empresas públicas de transporte.
“Todos os dias querem trabalhar e muitas vezes não podem porque não têm materiais e, simultaneamente, se continua a verificar a imobilização sistemática quer de composições do metropolitano, quer de falta de reparação em tempo útil de um conjunto de situações que têm a ver com a manutenção”, explicou.
De acordo com Arménio Carlos, parte da solução dos problemas com que se depara, por exemplo, o metropolitano de Lisboa resolve-se com a contratação de novos trabalhadores, que alega serem fundamentais para que o serviço público seja feito com qualidade.
Mais importante que anunciar a contratação de trabalhadores, Arménio Carlos sublinha que o fundamental é “concretizar rapidamente os concursos para que estes entrem ao serviço o mais depressa possível sob pena de se estar a anunciar e depois não se concretizar e descredibilizar o anúncio e a própria politica”.
O sindicalista lembrou, ainda, a questão de já ter sido anunciada a intenção de se contratarem mais 30 maquinistas, mas que até ao momento a administração do metropolitano ainda não veio anunciar a abertura de concurso.
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