Em declarações à Lusa junto ao liceu Passos Manuel, cujos portões estão fechados, a sindicalista disse, cerca das 08:30, que a elevada adesão à greve mostra bem o descontentamento dos trabalhadores com o Governo, salientando que não vão baixar os braços.
Também em declarações à Lusa e no mesmo local, o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), José Abraão, disse que a greve da função pública estava cerca das 08:30 com “importantes números de adesão, o que demonstra que os trabalhadores estão cansados”.
“Os trabalhadores estão cansados. Estão a ser repostos direitos, mas os trabalhadores não o sentem. Os serviços estão degradados, cresce a precariedade. Os trabalhadores precisam de um sinal de que é possível aumentar os salários e ter um futuro melhor”, frisou o responsável.
Junto aos portões do liceu alguns sindicalistas empunham cartazes a dizer "educação de saco cheio" e "precariedade, carreiras e progressões, aumento salarial, trabalho digo, dignidade funcional".
Inicialmente a greve de hoje foi convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (ligada à CGTP) para pressionar o Governo a incluir no Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) a verba necessária para aumentar os trabalhadores da função pública, cujos salários estão congelados desde 2009.
Contudo, após a última ronda negocial no Ministério das Finanças, em meados de outubro, a Federação de Sindicatos da Administração Pública e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, ambos filiados na UGT, anunciaram que também iriam emitir pré-avisos de greve para o mesmo dia, tendo em conta a falta de propostas do Governo, liderado pelo socialista António Costa.
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