“Há uma questão de fundo para ser tratada no que diz respeito às situações de greve que é uma atualização de uma lei que está claramente fora do nosso tempo, fora do que é Portugal no século XXI, um país com uma economia aberta”, sublinhou Assunção Cristas.
Depois de uma greve em abril e outra em agosto, por melhores condições remuneratórias, os motoristas de matérias perigosas tinham previsto iniciar hoje uma nova greve que deveria terminar no dia 22.
Em declarações aos jornalistas, no final de uma visita que realizou à feira da Senhora da Hora, concelho de Matosinhos, a dirigente do CDS frisou: “Um grupo pequenino não pode parar a vida de todo um país e de todas as pessoas, das famílias, das empresas, da atividade económica”.
“Essa é a grande batalha do CDS, trouxemos essas propostas e desafiamos para um grande debate na sociedade portuguesa para se mudar a lei dos serviços mínimos. No parlamento não houve vontade de o fazer por parte das outras forças políticas, nós continuamos a achar que essa é uma das reformas de fundo que é preciso fazer no nosso país”, acrescentou.
O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) anunciou na sexta-feira a desconvocação da greve ao trabalho extraordinário, fins de semana e feriados que se deveria prolongar até dia 22 de setembro.
O presidente do SNMMP, Francisco São Bento, revelou existir um “princípio de acordo” com a Antram que permitiu a desconvocação da greve, cujo início esteve previsto para as 00:00 de hoje.
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