Jerónimo de Sousa foi hoje saudar a manifestação dos trabalhadores da administração pública, em dia de greve nacional, nas ruas de Lisboa, entre o Marquês do Pombal e São Bento.
O líder comunista realçou que “este setor da administração pública não tem qualquer evolução salarial há dez anos”.
“Estamos a falar de trabalhadores que garantem os serviços públicos na educação, na saúde, nas forças e serviços de segurança, na justiça, de muitos homens e mulheres das autarquias locais que deveriam merecer por parte do Governo mais respeito”, disse.
Para Jerónimo de Sousa, o executivo do PS fez uma “proposta inaceitável” de “0,3% de aumento”, o que “demonstra uma falta de respeito por justas aspirações por justas reivindicações destes trabalhadores” e daí o PCP “esta poderosa manifestação antecedida por greve em muitos serviços”.
Os sindicatos, da CGTP e da UGT, contestam a proposta de 0,3% de aumentos salariais para este ano apresentada pelo Governo, que consideram "ofensiva" após dez anos de congelamento, e a forma como o processo negocial decorreu.
O Governo voltou a chamar as organizações sindicais para uma reunião dia 10 de fevereiro, quatro dias após a votação final global do OE2020.
Além de aumentos salariais "dignos", as estruturas sindicais reclamam a correção da Tabela Remuneratória Única, a revisão do sistema de avaliação de desempenho e o alargamento da ADSE aos trabalhadores em regime de contrato individual de trabalho do Estado aos trabalhadores precários que foram regularizados.
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