“Recebemos hoje os resultados das análises. É, de facto, gripe aviária tipo A H5N1, portanto gripe aviária”, disse o coronel Bocar Thiam, diretor-geral dos parques nacionais, à agência de notícias AFP.
A informação foi confirmada pelo ministro do Ambiente, Abdou Karim Sall, na rádio privada RFM.
Pelo menos 750 pelicanos – 740 jovens e 10 adultos – foram encontrados mortos em 23 de janeiro no Parque Nacional de Aves Djoudj, o que levou ao seu encerramento ao público, indicou o Ministério Ambiente na quarta-feira.
Um dos responsáveis do parque havia descartado a gripe aviária, pois, segundo a autoridade, não afetaria espécies que se alimentam de peixes como os pelicanos. Análises aprofundadas realizadas para o Ministério da Pecuária afirmaram o contrário.
As carcaças e resíduos de pelicanos mortos foram imediatamente destruídos e o acesso ao parque proibido ao público- “Mas “teremos que fortalecer as medidas” para evitar a propagação da doença, disse Thiam à AFP.
O Senegal abateu mais de 40.000 aves no início do ano após o surgimento no final de 2020 de um surto numa quinta privada em Thiès (oeste), onde cerca de 60.000 aves morreram nas semanas anteriores, de acordo com o ministério da Pecuária. Segundo as autoridades, esse surto já está extinto.
O Senegal, desde 2005, após a epidemia mundial da gripe aviária, encerrou as suas fronteiras aos produtos avícolas para evitar a contaminação, mas não conseguiu evitar o contrabando de países vizinhos, segundo as autoridades.
O vírus da gripe aviária também se está a espalhar em vários países europeus, incluindo a França, onde mais de dois milhões de animais de criação, principalmente patos, foram abatidos em dezembro na tentativa de conter a sua disseminação.
O Parque Djoudj, perto de Saint-Louis, é uma das principais atrações do Senegal para os entusiastas do turismo verde. Existem quase 400 espécies de pássaros, ou mais de três milhões de indivíduos.
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