A primeira operação decorreu ao início da manhã, quando os agentes da Guarda Costeira tiveram de socorrer um barco de pesca com “muitos imigrantes” a bordo, ao largo da cidade de Régio da Calábria, no sul de Itália, “na ponta da bota italiana”, indicaram.
No total, 295 migrantes foram resgatados desse pesqueiro e transportados para terra em segurança.
Pouco depois, a Guarda Costeira intercetou uma segunda embarcação com mais 450 migrantes, a cerca de 160 quilómetros a leste da cidade siciliana de Siracusa.
O barco em que seguiam apresentava “condições precárias de navegação” e foi socorrido por um barco de patrulha da Guarda Costeira, outro da agência europeia de controlo fronteiriço Frontex e três navios mercantes.
A 26 de fevereiro, a costa do sul de Itália, mais especificamente ao largo da localidade calabresa de Cutro, foi palco de um naufrágio que se saldou na morte de 88 migrantes.
As operações de salvamento de hoje realizaram-se no âmbito de uma vaga migratória incessante e que, desde o início do ano, já envolveu o desembarque de 20.379 migrantes nas costas italianas, mais do triplo dos 6.518 do mesmo período do ano passado, segundo dados oficiais.
O Governo da primeira-ministra de extrema-direita Giorgia Meloni aprovou uma série de medidas para tentar conter este fenómeno, como o aumento das penas para quem trabalhar para redes de tráfico de pessoas por mar.
E também aprovou um diploma que, na prática, dificulta o trabalho de socorro de migrantes efetuado pelos navios das organizações humanitárias, que acusa de fomentarem as partidas sem controlo das costas do norte de África.
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