Numa mensagem à nação, Jimmy Morales afirmou que o executivo “lamenta profundamente” a tragédia e anunciou que estão a ser investigadas as causas do incidente para se poderem apurar responsabilidades, apesar de lamentar que “os órgãos jurisdicionais” não tenham respondido a tempo de transferir alguns dos menores.
Pelo menos 21 meninas morreram e 39 outras encontram-se hospitalizadas, com queimaduras de segundo, terceiro e quarto grau, na sequência de um incêndio registado na quarta-feira num centro de menores, quando as jovens tentaram protestar contra os abusos sexuais e físicos, que sofrem, segundo fontes familiares.
“Antes do sinistro pediu-se aos órgãos jurisdicionais que transferissem, de imediato, as menores em conflito com a lei para outros centros de privação de liberdade para evitar consequências maiores. O Governo da Guatemala lamenta (…) que não tenham atendido a este pedido em momento oportuno”, afirmou o chefe de Estado.
No centro, encontram-se internados 748 menores, apesar de a sua capacidade ser de 400, incluindo órfãos e vítimas de violência e alguns acusados de pertencer a grupos criminosos ou de terem cometido delitos, segundo os familiares.
O Presidente, naquela que foi a sua primeira reação à tragédia, afirmou que foi ordenada a “destituição imediata” do diretor, o segundo desde que o anterior saiu no ano passado, e que será também realizada uma investigação interna e administrativa.
Na mensagem, com menos de dois minutos, o Presidente da Guatemala manifestou ainda o seu pesar e a sua “solidariedade” para com as famílias e os feridos, decretando, em face “da dimensão desta tragédia nacional”, três dias de luto.
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