Reagindo a estas declarações, a organização sem fins lucrativos Sesame Workshop, responsável pela criação desta série de culto, adaptada em várias línguas e distribuída em todo o mundo, há quase 50 anos, veio negar que Egas e Becas sejam um casal ‘gay’, afirmando que as duas personagens não têm “orientação sexual”.
Numa entrevista publicada no domingo, no site LGBT ‘Queerty’, Mark Saltzman, um dos autores, respondeu à pergunta sobre se Egas (Ernie) e Becas (Bert) eram homossexuais.
Saltzman explicou que, quando escreveu Becas e Egas, sempre sentiu que eles eram um casal de namorados, e que, de certa forma, eram mesmo inspirados na sua relação com “o amor da [sua] vida”, Arnold Glassman, que morreu em 2003.
“Eu acho que nunca os poderia ter escrito sem ser como um casal amoroso”, acrescentou, afirmando que a própria “dinâmica” entre os dois companheiros de quarto, na série de televisão, refletia a sua com o companheiro, um “caótico” e o outro “obsessivo-compulsivo”.
Mas a Sesame Workshop garantiu que Egas e Becas eram apenas “melhores amigos”: “Eles foram criados para ensinar às crianças do jardim infantil que as pessoas podem ser amigas de outras muito diferentes delas”, afirmou a organização, num comunicado publicado no Twitter.
“Mesmo que sejam identificados como personagens masculinos e tenham muitas características humanas (como a maioria dos bonecos da ‘Rua Sésamo’), ainda são fantoches e não têm orientação sexual”, acrescentou.
A organização veio posteriormente esclarecer, também no Twitter, que a “Rua Sésamo” sempre “apoiou a inclusão e a tolerância”, mas insistiu que “Becas e Egas são melhores amigos”.
A Sesame Workshop já havia negado, em 2011, que os dois fantoches fossem homossexuais, em resposta a uma petição lançada na altura para que Egas e Becas se casassem durante um dos episódios.
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