Questionado sobre a situação na região dos Grandes Lagos, que abrange entre outros países, a República Democrática do Congo (RDCongo) e a expulsão de emigrantes congoleses de Angola, Guterres mostrou-se “muito preocupado” porque a situação não está estabilizada.
“Espero que as eleições na República Democrática do Congo [que devem acontecer em 2019] possam contribuir para essa estabilização e ajudar a resolver os problemas do movimento de populações que têm ocorrido e que têm causado grande preocupação na região, declarou aos jornalistas, após ter recebido o prémio José Aparecido de Oliveira na sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em Lisboa.
O líder da ONU considerou ainda que “os países têm direito a definir as suas próprias políticas migratórias”, mas sublinhou que “também há normas internacionais de proteção dos refugiados que devem ser respeitadas”, nomeadamente em situação de opressão política ou de conflito.
As Nações Unidas já tinham manifestado preocupação sobre a alegada saída forçada de Angola de cerca de 200.000 cidadãos da vizinha República Democrática do Congo (RDCongo) em outubro, admitindo que pode gerar uma crise humanitária e exortando os Governos dos dois países a trabalharem juntos para garantirem um “movimento populacional” seguro.
António Guterres foi também questionado sobre o impasse nos preparativos das eleições na Guiné Bissau situação que está a seguir com todo o interesse, mantendo reuniões com os vários atores políticos e regionais da Guiné-Bissau, bem como responsáveis das Nações unidas
“Tenho uma sincera esperança de que as eleições se realizem e que sejam um pinto de parida para um futuro de estabilidade e prosperidade para o povo.
Dificuldades que espera também ver ultrapassadas em Moçambique para que o processo de paz em Moçambique possa continuar, acrescentou.
Sobre o Brasil reafirmou que mantém "todo o interesse em manter com o Governo brasileiro um diálogo construtivo e aberto", mostrando-se "seguro de que o Brasil vai continuar a ser um pilar fundamental da nossa ordem internacional".
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