"O CPAC tem vários objetivos, [entre os quais] dar voz à comunidade luso-californiana em matérias de política a nível local, estadual, e até nacional que tenham impacto direto na comunidade e apoiar luso-americanos que se querem candidatar para cargos eleitos", explicou um dos responsáveis, Elmano Costa.
A nova organização surge no seguimento do fecho do Portuguese-American Citizenship Project (PACP), uma iniciativa que ao longo de 16 anos ajudou dezenas de milhares de imigrantes portugueses a tornarem-se cidadãos dos EUA. "É o passo a seguir. A PACP tentou mobilizar as pessoas a votar, nós queremos usar o peso político que temos para fazer avançar perante os representantes a agenda da nossa comunidade. Temos que saber levar aos nossos representantes as nossas necessidades e ambições", acrescentou Elmano Costa.
Ao contrário do PACP, que trabalhou com dezenas de organismos locais espalhados por todo o país, a nova estrutura vai concentrar-se na Califórnia, o estado que acolhe maior número de portugueses e luso-descendentes.
"A nossa intenção é focar nos assuntos que diretamente afetam a comunidade residente na Califórnia. Este estado, com quase meio milhão de luso-descendentes e perto de 40 milhões de habitantes, onde a comunidade portuguesa está dispersa, tem dimensão suficiente para nos ocupar por muitos anos", explicou.
Entre as iniciativas previstas, está a criação de diferentes lobbies de luso-americanos eleitos na Liga de Cidades Californianas, na Câmara dos Representantes e no Senado estadual.
"Estamos a tentar organizar um dia de trabalho em Sacramento [cidade que acolhe o Congresso do estado], onde vamos juntar luso-eleitos e representantes de outras etnias que representam áreas com concentrações lusas", explicou o responsável.
O CPAC foi formado com financiamento da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), mas deve agora multiplicar os seus patrocinadores.
"O nosso objetivo é conseguir fundos dentro da Califórnia para o nosso financiamento a longo prazo", garantiu Elmano Costa.
O professor Diniz Borges, conhecido pelo seu trabalho no ensino do português, será o presidente da organização e Steven Nascimento o seu diretor-executivo.
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