A investigação, realizada por investigadores da Universidade de Georgetown, em Washington, e publicado na revista especializada PLoS Biology, analisou a concentração de organismos na “Grande Mancha de Lixo do Pacífico” (“Great Pacific Garbage Patch”, em inglês), um enorme aglomerado flutuante coberto de detritos.
Os cientistas descobriram que existe uma correlação entre a presença de plástico e a abundância de espécies como velas do mar ou caracóis marinhos.
Estas descobertas levam os investigadores a arriscar que as mesmas correntes que promovem a acumulação de lixo em diferentes partes do oceano são essenciais para o desenvolvimento de alguns organismos flutuantes, que se aproveitam destas para se alimentar e procriar.
A “mancha do Pacífico” está localizada no meio do maior vórtice aquático do mundo, conhecido como o Giro do Pacífico Norte (NPG), formado por quatro correntes oceânicas e considerado o maior ecossistema do planeta.
Para realizar as suas investigações, os cientistas aproveitaram a passagem de um barco pelo NPG, após uma expedição a nado de 80 dias.
A equipa recolheu amostras diárias na parte leste do vórtice e descobriu que a concentração de criaturas marinhas era maior no centro do que na periferia.
“A ‘mancha de lixo’ é mais do que uma mancha de lixo. É um ecossistema, não por causa do plástico, mas apesar dele”, realçou a principal autora do estudo, Rebecca Helm, em comunicado.
Os investigadores esperam que o seu trabalho leve as empresas que operam em alto mar a considerar o seu impacto nos ecossistemas da superfície do mar.
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