A mostra reúne a peça em fotografia “Tela Habitada” e a série “Desenho (com pigmento)”, de acordo com a Galeria Filomena Soares, em Lisboa, que representa Helena Almeida, uma das mais conceituadas artistas portuguesas.

Contactada hoje pela agência Lusa, fonte da galeria indicou que a exposição já se encontra patente no espaço In the Studio, da Tate Modern, que apresenta ciclicamente núcleos dedicados a artistas, para dar aos visitantes uma experiência do processo criativo.

“É um espaço no qual a Tate vai apresentando vários artistas para os espetadores perceberem como desenvolvem o seu trabalho”, explicou galeria, acrescentando que há a possibilidade de as obras de Helena Almeida ficarem para lá de 31 de dezembro de 2018, como surge no sítio ‘online’ do museu britânico.

Na mesma ala estão obras dos artistas Mark Rothko, Bridget Riley e Gerhard Richter.

A mesma fonte da Galeria Filomena Soares indicou que a Tate Modern possui no seu acervo cerca de 40 obras de Helena Almeida, e que a artista já foi anteriormente alvo de exibição no museu.

Sobre a reação da artista à organização desta mostra, que tem curadoria de Matthew Gale, a galeria indicou que foi “de grande alegria e satisfação, além do sentimento de honra por a Tate fazer este destaque ao longo de um ano” da sua obra.

Helena Almeida, 83 anos, nascida em Lisboa, representou Portugal na Bienal de Veneza em 1982 e em 2005, e recebeu os prémios PhotoEspaña, em 2003, e BESphoto, em 2005.

Uma das principais características do trabalho de Helena Almeida reside no facto de a artista aparecer sempre nas imagens, vestida de preto, por vezes com objetos ou móveis que fazem parte do seu estúdio.

No sítio ‘online’ da Tate Modern, o museu explica que as obras, agora em destaque, criadas entre 1995 e 1999, “salientam a posição do seu corpo, e em particular das mãos, na preparação de ações que se prepara para realizar e documentar com uma combinação de fotografia e pintura”.

Em 2015-2016, Helena Almeida foi alvo de uma grande exposição no Museu de Serralves, no Porto, sob o título “A minha obra é o meu corpo, o meu corpo é a minha obra”, depois apresentada em Paris, no Museu Jeu de Paume, e em Bruxelas, no Wiels – Centro de Arte Contemporânea da capital belga, sob o título “Corpus”.

Em 2013, apresentou uma das maiores exposições individuais no BES Arte & Finança, em Lisboa, sob o título “Andar, abraçar”, com obras inéditas e algumas nunca apresentadas em Portugal.

Uma retrospetiva da sua obra tinha sido feita em 2004, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

Helena Almeida é uma das artistas portuguesas com maior projeção internacional, representada em diversas coleções estrangeiras, e a sua prática artística abrange a fotografia, a performance, o vídeo e o desenho, evoluindo a partir de uma interrogação permanente da linguagem da pintura.

Com um extenso currículo, o seu trabalho encontra-se representado em coleções como The Museum of Modern Art (MoMA), em Nova Iorque, Tate Modern, em Londres, no Museu Nacional de Arte Reina Sofia, em Madrid, e na Coleção Novo Banco.

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