O Instituto médico-legal do Condado de Berks informou que o corpo era de Nicholas Paul Grubb, de 27 anos, de Fort Washington, na Pensilvânia, avança a CNN Internacional.

Grubb era conhecido há muito tempo como o "Pinnacle Man", uma referência ao pico da montanha Apalache perto de onde encontraram o seu corpo em 1977. Na época, as autoridades informaram que não havia indícios de crime e consideraram a sua morte um suicídio por overdose de drogas.

Não foi possível identificar o corpo de Grubb pela aparência, pertences ou roupas. Durante a autópsia de Grubb, os investigadores recolheram informações dentárias e impressões digitais, mas estas últimas estavam perdidas, impedindo investigações mais profundas.

As autoridades voltaram a este caso periodicamente, quando evidências promissoras apareciam, mas a identidade de Grubb permanecia um mistério. “Nos últimos 15 anos, detetives da polícia estadual e investigadores do gabinete do legista compararam as informações de Nicolas com nada menos que 10 pessoas desaparecidas por meio de impressões digitais e raios-X dentários”, disse John Fielding, legista do condado de Berks, citado pelo jornal The Guardian.

O corpo foi exumado em 2019 depois de registos dentários ligarem Grubb a duas pessoas desaparecidas, em Illinois e Flórida.

Os investigadores forenses conduziram um exame, e recolheram amostras de ADN para atualizar as suas informações no National Missing and Unidentified Persons System (NamUs). Os dados não eram correspondentes a nenhuma das pessoas desaparecidas, diz a CNN.

Já em agosto de 2024, a polícia estadual da Pensilvânia Ian Keck descobriu o cartão de impressão digital perdido de Grubb, tirado durante a autópsia em 1977, e enviou-o para a NamUs. Um especialista em impressões digitais do FBI comparou as impressões digitais com as de Grubb em apenas 53 minutos, de acordo com o New York Times.

Grubb, conhecido como "Nicky" pela família, segundo a BBC, foi membro da guarda nacional do exército da Pensilvânia no início dos anos 70. O homem teve uma “interação policial” no Colorado dois anos antes da sua morte e esse encontro levou a suas impressões digitais a serem armazenadas no Sistema Automatizado de Identificação de Impressões Digitais.

Um familiar de Grubb já confirmou a identidade e pediu para o homem ser enterrado junto dos familiares.

O instituto médico-legal disse que a família está agora "muito grata" pelos esforços para identificá-lo.