Numa mensagem gravada e divulgada no Youtube na sexta-feira, António Guterres começa por referir que este sábado, pela décima vez, decorre a Hora do Planeta, em que “as pessoas de todo o mundo vão mostrar a sua determinação em ações pelo clima”.
Guterres salienta que as alterações climáticas continuam a por vidas e meios de subsistência em risco e lembra que 2016 foi dos anos mais quentes.
“O Acordo de Paris dá-nos uma oportunidade sem precedentes para limitar o aumento da temperatura global, promover a energia limpa para todos e criar um futuro sustentável”, defende o secretário-geral.
O Acordo de Paris foi subscrito por 196 países e definiu uma série de objetivos coletivos para travar o aquecimento do planeta, apesar de lhe faltarem as ferramentas para avaliar os progressos, especialmente ao nível de cada país.
Na opinião de Guterres, tanto os governos como as empresas têm de tomar a iniciativa nesta matéria, apontando que construir um futuro sustentável depende de todos.
“Juntem-se a mim desligando as luzes no dia 25 de março às 20:30, hora local. Da escuridão podemos criar um mundo sustentável e inclusivo para todos”, concluiu.
A Hora do Planeta é uma iniciativa da WWF, uma organização internacional de defesa do ambiente, que começou em 2007, na Austrália, “quando 2,2 milhões de pessoas e mais de 2 mil empresas apagaram as luzes por uma hora, numa tomada de posição contra as mudanças climáticas”, lê-se no ‘site’ do organismo.
“Um anos depois, a Hora do Planeta tornou-se num movimento de sustentabilidade global com mais de 50 milhões de pessoas em 135 países a mostrarem o seu apoio a esta causa ao desligarem simbolicamente as luzes”, diz a WWF.
De acordo com a WWF, à data de 24 março, a iniciativa já contava com a adesão de 140 municípios portugueses, mas a expectativa é de ter 150 concelhos com monumentos às escuras entre as 20:30 e as 21:30 de hoje, depois de no ano passado terem sido 120.
Em Lisboa, às 20:00 vai realizar-se no Parque Eduardo VII o evento oficial da Hora do Planeta, um concerto solidário à luz de velas, com artistas como Raquel Tavares, Matias Damásio, Tiago Bettencourt, André Sardet, Tito Paris, Samuel Úria, Enoque e Janeiro.
Em 2016 foram mais de sete mil as cidades de 178 países ou territórios em todo o mundo, e milhões de pessoas a aderir a esta ação pelo ambiente.
Comentários