Esta era uma das medidas da anterior Direcção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para reduzir a utilização inapropriada das urgências e que agora é alargada pela atual direção, avança o jornal Público.
Esta foi uma experiência que começou na Póvoa de Varzim-Vila do Conde há mais de um ano e agora chega às ULS Almada-Seixal (Hospital Garcia de Orta), Lezíria (Hospital de Santarém), Tâmega e Sousa (Hospital de Penafiel) e Barcelos-Esposende (Hospital de Barcelos) que vão encaminhar doentes sem referenciarão prévia e triados com pulseiras verdes (pouco urgentes) e azuis (não urgentes) para consultas nos centros de saúde.
Já os doentes que decidam na mesma ir às urgências por sua iniciativa, sem virem previamente referenciados vão deixar de ser atendidos nestes hospitais, mas terão sempre resposta alternativa, como uma consulta médica num centro de saúde no próprio dia ou no dia seguinte.
Este é o alargamento do projeto “Ligue antes, salve vidas”, que arrancou numa fase piloto em maio de 2023, e serviu de teste a uma medida que acabou por passar a uma segunda fase e ser alargada aos hospitais de Gaia (ULS Gaia/Espinho) e de Santa Maria da Feira (ULS Entre Douro e Vouga), em março deste ano.
Recorda-se que esta medida não pretende excluir doentes. Porém, em janeiro passou a ficar definido que o atendimento nos serviços de urgência deve ser sempre precedido pelo encaminhamento da linha SNS24 (808 24 24 24), do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM, dos centros de saúde ou de médicos. Os doentes que chegarem às urgências sem virem previamente referenciados terão um telefone no próprio serviço para ligarem dali para o SNS24.
Se esta situação não for possível ou o doente recusar, será feita a triagem na urgência. Caso receba pulseira verde ou azul, será encaminhado para o centro de saúde com consulta marcada para o mesmo dia ou para o seguinte.
Existem, porém, exceções. As pessoas com mais de 70 anos, as grávidas, os doentes acamados ou em cadeira de rodas, as vítimas de trauma e as situações psiquiátricas agudas terão sempre que ser atendidas.
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