Em comunicado enviado à Lusa, o Hospital de Guimarães explica que a técnica pode ser usada no tratamento de tumores benignos e malignos, primários e metastáticos, demorando cada procedimento "aproximadamente uma hora".
"Este procedimento, realizado por um médico radiologista de intervenção, consiste em usar uma corrente alternada de alta frequência produzida por um gerador, aquecendo uma agulha a mais de 60 graus centígrados, e, assim, causar destruição intencional de proteínas e dano nos tecidos. Para isso, é introduzida uma agulha através da pele até à lesão, sob controlo por ecografia ou Tomografia Computorizada", explica no texto a médica radiologista de intervenção do Hospital, Teresa Dionísio.
Para este procedimento é feita apenas uma pequena incisão de cerca de dois milímetros na pele para introduzir a agulha, não deixando cicatrizes nem acarretando tratamentos de penso.
A clínica aponta "várias vantagens" para os doentes: "a rapidez do procedimento e os raros efeitos secundários são exemplos. Mas, acima de tudo, é mais uma ferramenta, mais uma possibilidade terapêutica, que passa a existir quando, por exemplo, não é possível operar alguns tumores", enumera.
O Hospital de Guimarães explica ainda que o procedimento é realizado na sala de Tomografia Computorizada, sob sedo-analgesia com apoio de médico anestesista, e dura, no total, aproximadamente uma hora, embora o tempo de ablação em si mesmo seja de cerca de 12 minutos.
Na maioria dos casos, refere o texto, "o doente fica em vigilância por 12 a 24 horas, tendo alta clínica no dia seguinte à realização deste tratamento", lê-se.
O Hospital prevê um grande potencial de utilização desta técnica, tendo em conta as suas vantagens e uma vez que pode ser utilizada para tratamento de uma grande variedade de tumores.
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