“É um fim de semana prolongado e, daquilo que é o ‘feedback’ de hotéis que têm programa de fim de ano com animação, estão com excelentes ocupações, todos eles acima de 90%, muitos deles cheios”, afirmou à Lusa o presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Hélder Martins.
O dirigente acrescentou que, segundo uma sondagem realizada pela associação, as “muitas dezenas” de unidades hoteleiras que apresentam pacotes especiais de fim de ano, com alojamento, jantar e espetáculo, entre outros serviços, “já estavam cheias”.
“Quem está a trabalhar, se tiver programa de fim de ano, está bem. Quem não tem programa de fim de ano, está esta semana a receber reservas de última hora daquelas pessoas que vêm para os eventos de rua”, notou, salientando que as boas previsões climatéricas para este período são outro fator positivo.
Embora cerca de 40% da oferta hoteleira no Algarve esteja encerrada, a expectativa da AHETA é que seja atingida uma taxa de ocupação “na ordem dos 70 a 75%” na passagem de ano, “acima do ano passado”.
“Estamos no pico da época baixa. Tivemos mais de 80% [de taxa de ocupação] em outubro, tivemos 45% em novembro e, no ano passado, tivemos 35% em [todo o mês de] dezembro. Este ano melhorará, porque o Natal foi muito melhor também”, sublinhou Hélder Martins.
O Algarve tem ofertas para todas as bolsas, do mais caro ao mais económico, mas o presidente da AHETA reconheceu que os hotéis com pacotes mais caros “foram os primeiros a encher”.
“É um pouco o relato daquilo que aconteceu no verão, ou seja: quem tem dinheiro, tem dinheiro, quer viajar, tem disponibilidade. Quem tem dificuldades, quem paga juros, da habitação, ou tem outros problemas, tem mais dificuldade”, analisou.
O mercado português continua a ser o “principal fornecedor” de turistas para o ‘réveillon’, incluindo “pessoas que decidem no último dia”, mas também há muita procura de ingleses, irlandeses, franceses, alemães e escandinavos, designadamente para as zonas de Vilamoura, Albufeira, Portimão.
Ainda assim, Hélder Martins lamentou que o Algarve não tenha “um programa único, que seja motivador, galvanizador, para trazer um elevado número de turistas” à região.
“É evidente que o Algarve, lamentavelmente, não tem um programa de fim de ano de grande impacto, como a Madeira tem, por exemplo. Nós temos 20 ou mais programas, mas não temos um grande programa. Albufeira faz um esforço muito significativo, mas não deixa de cada concelho ter o seu programa”, referiu.
Em Albufeira, a noite de ‘réveillon’ faz-se na rua com a música dos The Gift e do coletivo Amália Hoje, além do evento Pop Art Parade, a concluir um programa de cinco dias.
Na última noite do ano, as bandas D.A.M.A. e Quem é o Bob? atuam em Quarteira, enquanto Diogo Piçarra e Pete Tha Zouk sobem ao palco em Monte Gordo, em Vila Real de Santo António.
Já os Calema animam o público em Lagos, com Faro a receber o espetáculo Revenge of the 2000’s e Portimão a despedir-se do ano com os Turb’ Ó Baile.
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