Hunter Biden, filho do presidente norte-americano, é acusado de porte ilegal de arma de fogo

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Hunter Biden, filho do presidente norte-americano, é acusado de porte ilegal de arma de fogo.
Hunter Biden, filho do presidente norte-americano, é acusado de porte ilegal de arma de fogo

O filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, Hunter Biden foi acusado pelo conselheiro especial David Weiss num caso relacionado com uma arma que comprou em 2018.

A notícia é avançada pela CNN Internacional, que sublinha que ao comprar um revólver numa loja de Delaware, Hunter Biden mentiu num formulário federal da ATF (Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos), quando jurou que não consumia e não era viciado em nenhuma droga ilegal – apesar de na altura estar a combater um vício em cocaína.

Mentir num formulário da ATF ou possuir arma de fogo como utilizador de drogas é um crime federal, e Hunter Biden foi detentor da arma durante cerca de 11 dias em 2018. O prazo de prescrição para alguns desses crimes expira em outubro.

O canal americano sublinha que esta é uma reviravolta extraordinária, depois do acordo judicial que o filho do presidente fez anteriormente ter caído, sendo que esta nova acusação pode configurar um julgamento dramático no meio da tentativa de reeleição de Biden em 2024.

O advogado de Hunter Biden, Abbe Lowell, terá dito no passado que o acordo feito anteriormente sobre o porte de arma com os procuradores “impede que quaisquer acusações adicionais sejam feitas”, e que o seu cliente “tem cumprido as condições de libertação sob esse acordo”. Os procuradores alegam que este acordo nunca entrou em vigor.

Esta situação acontece ao mesmo tempo que os republicanos da Câmara dos Representantes anunciaram um inquérito para destituir Biden, relacionado também com as atividades comerciais de Hunter Biden.

Recorde-se que o conselheiro especial David Weiss lidera a investigação contra Hunter Biden desde o final de 2018. Ao longo dos anos, a sua equipa investigou possíveis crimes de evasão fiscal, lobby estrangeiro ilegal, lavagem de dinheiro e outros assuntos, na maioria ligados aos negócios de Hunter Biden no estrangeiro.

A investigação parecia estar encerrada em junho, quando Weiss anunciou um acordo duplo no qual Hunter Biden se declararia culpado de duas contraordenações fiscais federais, sendo a acusação de porte de arma ilegal retirada desde que o filho de Biden fizesse testes regulares para comprovar que não usava drogas e não se envolvesse em mais problemas legais.

No entanto, numa audiência de julho, os dois acordos foram eliminados pela juíza federal que supervisiona o caso.

Os dois lados tentaram renegociar um acordo, mas as negociações chegaram a um impasse. Em agosto, o procurador-geral Merrick Garland nomeou David Weiss como conselheiro especial – o que representou um grande avanço na investigação.

Neste momento, Weiss quer, além do caso da arma, avaliar se deve acusar Hunter Biden de crimes fiscais.

(Notícia atualizada às 19h33)

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