De acordo com fonte do Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB) de Lisboa, o animal foi deixado na Doca dos Olivais depois de ter arrojado na margem do rio Tejo na tarde de domingo e ter sido avistado por populares que deram o alerta.

Em declarações à agência Lusa, Marina Sequeira, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), a entidade responsável pela operação de resgate, esclareceu que o golfinho foi transportado até à Doca dos Olivais por ser “o único sítio onde havia água”.

“Quando ele foi recolhido a maré estava baixa, numa zona com muito lodo. Era o único sítio onde havia água, a doca do Oceanário tem um muro que impede que quando a maré desce a água saia e fique a seco. A maré estava muito baixa e era o único sítio onde havia água”, esclareceu.

De acordo com o ICNF, o golfinho-riscado é uma “espécie oceânica, que se distribui em áreas afastadas da costa”, pelo que o facto de ter arrojado na margem do rio Tejo poderá indicar que “o animal não estava bem”.

Desde domingo que o animal estava a ser monitorizado, tendo apresentado “alterações no nado” na segunda-feira.

“Na segunda não nadava bem, inclinava-se para um dos lados, o que é indicativo de que algo não está bem. Tem uma mancha branca perto da barbatana dorsal, que apresenta um alto, que poderá ser uma cicatriz, poderá ser de algo que levou ao estado em que ele está”, afirmou Marina Sequeira.

Na terça-feira, o animal “apresentou alterações no padrão de natação e de respiração”, o que levou à decisão de o capturar durante o dia de hoje.

“A indicação que temos hoje é que ainda ninguém o viu, não sabemos se saiu [da Doca dos Olivais] ou se já estará morto debaixo do edifício do Oceanário ou das pontes pedonais. Está programada desde ontem [terça-feira] uma tentativa de captura, que se vai manter”, disse.

A operação está agendada para as 15:00 e resulta da colaboração do ICNF, da Polícia Marítima e do Centro de Reabilitação de Animais Marinhos da Gafanha da Nazaré, concelho de Ílhavo, no distrito de Aveiro.

Contactado pela agência Lusa, o Oceanário de Lisboa confirmou que se “disponibilizou para colaborar com a monitorização do animal, enquanto está na Doca dos Olivais”, o que faz desde domingo, apesar de não ser a entidade responsável pela gestão da doca.