Numa mensagem a propósito do próximo Dia dos Namorados, que se assinala em 14 de fevereiro, Dia de S. Valentim, a Comissão Episcopal presidida pelo bispo auxiliar de Lisboa Joaquim Mendes, sublinha que “quando ao início de um relacionamento amoroso de namorados, se coloca a experiência de relações íntimas por necessidade de possuir, fica por acontecer a alegria da pura paixão, que é ‘fogo’ que arde sem queimar e expressão de liberdade interior”.

“A paixão amorosa não é posse, é delicadeza e generosidade, é desejo de estar com a pessoa amada, sobretudo de estar no seu coração. (…) Vivemos num tempo em que é necessário refletir e falar com seriedade acerca de todas as dimensões da vida humana e também da dimensão afetivo-sexual. Desejamos que os jovens cristãos sejam afetuosos e saibam viver a sua capacidade sexual com verdade, sinceridade, respeito e sabedoria. Saibam guardar-se e não queimar etapas”, pois “uma afetividade mal gerida na juventude pode determinar negativamente a vida inteira”, acrescenta a mensagem agora divulgada.

A Comissão Episcopal, que coloca o ênfase na caracterização de namoro como “relacionamento privilegiado entre um rapaz e uma rapariga que se alimenta por um objetivo claro, embora nem sempre atingido: casar e vir a formar uma família”, alerta que “uma declaração de amor exige verdade, supõe uma coerência entre o sentimento mais profundo, a intenção e as palavras que se pronunciam; a condição da verdade não pode deixar de ser sublinhada e, por isso, ninguém deve brincar com o coração de outrem com base na mentira e no oportunismo”.

“Deus colocou no mais íntimo da pessoa a capacidade de se apaixonar por outra pessoa de sexo diferente e daí resultar a realização da vida e a origem de novas vidas”, acrescenta a Comissão Episcopal do Laicado e Família, sublinhando o caráter heterossexual do namoro.

Para esta estrutura da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), “uma afetividade mal gerida na juventude pode determinar negativamente a vida inteira”.

“A experiência testemunhada diz-nos que existem sempre surpresas, e algumas muito desagradáveis, porque nunca se manifestaram em tempo de namoro. É determinante beneficiar do tempo de namoro, e mais tarde do tempo de noivado, para preparar responsavelmente o casamento, não apenas a celebração do matrimónio na igreja, mas toda uma vida em comum”, acrescenta o órgão liderado pelo bispo Joaquim Mendes na mensagem intitulada “A capacidade de amar é um dom de Deus”.