De acordo com o requerimento enviado ao presidente da comissão parlamentar de saúde, a IL “considera verdadeiramente preocupante a situação sem precedentes a que se está a assistir no SNS, com inúmeros serviços hospitalares a encerrarem por falta de médicos, das mais variadas especialidades, para assegurar as escalas”.
Segundo os liberais, “face à gravidade da situação e aos diversos problemas que se verificam nos hospitais do SNS”, a comissão de saúde “tem o dever de acompanhar de perto o que se está a passar” e conhecer as preocupações do Ordem dos Médicos, tendo ainda a “obrigação de fiscalizar o Governo relativamente às medidas que toma e tenciona vir a tomar”.
“Porque medidas como encerramentos ‘temporários’ e rotativos (que de temporários, como se tem visto, nada têm), não são aceitáveis e muito menos são estruturais ou estratégicas para o SNS”, defendeu.
Por este motivo, a IL quer ouvir no parlamento, com urgência, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, o bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes e o diretor executivo do SNS, Fernando Araújo.
O objetivo dos liberais é que nestas audições sejam prestados “todos os esclarecimentos sobre os encerramentos sucessivos” dos serviços hospitalares em todo o país e ainda que “medidas concretas devem ser tomadas pelo Governo para assegurar que os hospitais do SNS não colapsam definitivamente”.
“Se, desde há mais de um ano, os problemas eram já insustentáveis nos serviços de Ginecologia, Obstetrícia e Blocos de Parto, obrigando a um encerramento “temporário” e rotativo das maternidades do SNS, agora, o caos instalou-se, também, em muitas outras especialidades, com a indisponibilidade dos médicos para a realização de mais horas extra”, referiu.
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