Numa pergunta a que a agência Lusa hoje acesso, os liberais referem-se à notícia hoje conhecida de uma grávida do Seixal que teve de percorrer cerca de 150 quilómetros para ter o seu bebé.
“Esta pergunta à ministra da Saúde não se cinge a este caso em específico, mas parte de uma situação concreta para ilustrar o caos que se tem vivido nos últimos meses nos serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia e nos blocos de parto dos hospitais do SNS”, afirma a deputada Joana Cordeiro numa declaração enviada à agência Lusa.
Na opinião da deputada liberal, “o Governo tem de explicar como é que é possível que, no mesmo dia, nenhum hospital dos distritos de Setúbal e de Lisboa tenha tido capacidade para receber uma grávida e fazer este parto”.
Na pergunta, os deputados liberais exigem “respostas, transparência e medidas concretas”, perguntando a Marta Temido se confirma “o erro do INEM em ter transportado esta grávida para Santarém quando, neste hospital, não havia capacidade de resposta para fazer o parto” e, em caso afirmativo, como justifica este erro.
“Entre o passado mês de junho e o dia de hoje, quantas grávidas foram desviadas dos seus hospitais de referência, por falta de resposta, tendo os partos ocorrido noutros hospitais do SNS”, questiona ainda.
A Iniciativa Liberal quer ainda que o Governo esclareça se o portal criado relativo aos horários de funcionamento dos serviços de urgência Obstétrica/Ginecológica e Blocos de Parto está permanentemente atualizado.
“Quantos partos ocorreram noutros hospitais do SNS entre os meses de junho e agosto de 2021, de 2020, de 2019, de 2018, de 2017, de 2016 e de 2015, em consequência do desvio de grávidas por falta de resposta nos seus hospitais de referência”, pergunta.
Os liberais pretendem ainda saber quando serão “conhecidas as medidas concretas para resolver, de uma vez por todas, a crise nos serviços de urgência e evitar que, nos próximos meses, o cenário seja ainda pior”.
De acordo com o Jornal de Notícias, a Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo abriu um processo de inquérito para apurar as circunstâncias em que decorreu o atendimento de uma grávida residente no Seixal que andou cerca de 150 quilómetros para dar à luz, por falta de resposta dos hospitais mais próximos.
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