"Felizmente, ao fim destes dois dias, damos praticamente como circunscrito o incêndio", disse o autarca.
Em declarações aos jornalistas, no ponto de operações em Albergaria-a-Velha, António Loureiro agradeceu aos cerca de 600 operacionais que estiveram, durante estes dois dias, a combater as chamas e a "defender as pessoas e o nosso património ambiental".
"Os meios aéreos ainda continuam a operar. Foram uma grande ajuda, mas não nos podemos esquecer daqueles que tiveram estas 48 horas no terreno com um fator negativo que foi o vento, o maior inimigo", frisou.
Questionado sobre qual seria a previsão para os próximos dias, o autarca adiantou que o cenário será "complicado", e "desafiante" para os bombeiros, uma vez que a área ardida em Albergaria-a-Velha e Águeda ultrapassa os dois mil hectares.
"Temos aqui uma área de dois mil hectares, mais os 500 hectares de Águeda, 2.500 hectares no seu total, onde vai ser necessário uma atividade de vigilância maior e uma atividade de disponibilidade dos bombeiros para responder aos reacendimentos", referiu.
O autarca adiantou ainda que a área envolvente às habitações de vários pontos do concelho já foi analisada e que, neste momento, as populações já começam a regressar às suas casas.
Os vários incêndios foram considerados dominados ou controlados ao início da noite de quinta-feira, mas reacendimentos ocorridos de madrugada devido aos ventos fortes levaram ao corte da circulação na A1, entre Estarreja e Aveiro Sul e na A25, junto ao nó do Carvoeiro, bem como a condicionar o IC2 entre Águeda e Albergaria-a-Velha.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) ativou meios aéreos, que começaram a atuar em Albergaria-a-Velha, apesar de “alguns constrangimentos devido ao vento”, por força das condições meteorológicas adversas e ao início da manhã participavam no combate às chamas cerca de 600 bombeiros, de várias corporações do país.
Para a zona foram mobilizados sete meios aéreos e as Forças Armadas enviaram para o distrito de Aveiro três máquinas de rasto do Exército, “para apoiarem na abertura de caminhos que facilitem o acesso dos operacionais que combatem os incêndios”.
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