Em comunicado, o ministério tutelado por João Matos Fernandes informa que foi aberto um inquérito administrativo pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

“A abertura deste inquérito destina-se a analisar e apurar as circunstâncias que, do ponto de vista administrativo, permitiram o funcionamento do referido abrigo”, é referido na nota.

O PAN denunciou na terça-feira a morte de "pelo menos 14 animais" num "abrigo ilegal no concelho de Vila Real de Santo António, no distrito de Faro, no incêndio que deflagrou na segunda-feira de madrugada em Castro Marim e que se estendeu àquele município e ao de Tavira à tarde, sendo dominado na tarde de terça-feira.

O partido anunciou que vai apresentar queixa porque os animais se encontravam "num abrigo ilegal, no local de Santa Rita (concelho de Vila Real de Santo António), já sinalizado”, mas o presidente da Câmara, Luís Romão refutou esta ideia e assegurou que não havia conhecimento da sua existência na autarquia.

Em declarações à agência Lusa, Luís Romão afirmou que o abrigo, situado na localidade de Santa Rita, acolhia animais sem o conhecimento do município, pertencia a um privado e não fez qualquer pedido de ajuda para a sua retirada do local.

O autarca lamentou que, depois de a autarquia ter conduzido “com sucesso” a retirada dos animais do canil e gatil intermunicipal como precaução, devido à aproximação do fogo, transportando-os com o apoio de voluntários para instalações em Tavira e Loulé, tenha tido esta “surpresa” da morte de mais de uma dezena de animais.

“Da mesma forma que retirámos do canil e gatil municipal, podíamos ter feito o mesmo para esses, mas desconhecíamos”, afirmou.

Numa nota, o PAN adiantou que a porta-voz, Inês Sousa Real, "em contacto com as estruturas locais do partido no Algarve, está já a diligenciar no sentido de apresentar uma queixa-crime junto do Ministério Público e de questionar os ministérios da Administração Interna e do Ambiente e Ação Climática" para que "venham cabalmente esclarecer as circunstâncias que levaram a este desfecho".

"De acordo com a informação feita chegar ao partido, a existência deste espaço, a funcionar em condições ilegais, ao que tudo indica, já havia sido denunciada, sendo, por isso do conhecimento das autoridades competentes", referiu também o partido.

Citada no comunicado, Inês Sousa Real salientou uma "enorme consternação" perante "mais um episódio com um desfecho trágico”, pouco mais de um ano volvido desde a morte de cerca de 80 animais num incêndio em Santo Tirso.

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