“Estamos num período crítico, no que a incêndios [rurais] diz respeito” e a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) apela “à serenidade, à solidariedade e ao fortalecimento de laços, para que as operações de socorro decorram com o estado de prontidão de todos”, disse hoje o presidente da Associação, Manuel Machado.
“Aos cidadãos em geral, bombeiros, profissionais e voluntários, agentes da Proteção Civil, autoridades, como a GNR – que tem, aliás equipas notáveis de GIPS [Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro] –, autarcas (presidentes de câmara, vereadores e presidentes de juntas de freguesia, todos) e governantes, fazemos um apelo à serenidade para que possamos dirigir todas as nossas energias para as operações de socorro nos sítios que possam entrar em crise em resultado dos incêndios”, explicitou o presidente da ANMP.
Este apelo não se dirige a ninguém em particular, “tem a ver com aquilo que é o interesse nacional num período crítico em que há riscos, em que há prejuízos, em que pode haver vítimas”, salientou Manuel Machado, que falava aos jornalistas, hoje, em Coimbra, depois de ter participado numa reunião do Conselho Diretivo da ANMP.
“A Associação entende apelar a todos – desde logo a nós próprios e aos nossos pares – que podem ou têm missões a cumprir, no âmbito do dispositivo geral de proteção e socorro”, para que seja possível manter “o foco da solidariedade e do auxílio”, sublinhou.
A eficácia das organizações de socorro é o que “verdadeiramente interessa”, insistiu.
Trata-se de um apelo à serenidade e também de um alerta, acrescentou o também presidente da Câmara de Coimbra, referindo, designadamente, que “há fogos que resultam de queimadas” ou da ação (“há indícios” disso) de “pessoas com necessidades especiais do ponto de vista psicológico ou psiquiátrico mesmo”.
“Mas esta não é altura dessas análises, mas antes de apelar para que nos concertemos todos e todas as nossas energias para que as operações de socorro sejam desenvolvidas sem outro tipo de preocupação”, reiterou o presidente da ANMP.
“A minha convicção é a de que nos sítios onde houve desgraças, que são conhecidas, tragédias, é que todos os intervenientes deram tudo quanto podiam para que as coisas corressem bem”, afirmou ainda Manuel Machado.
Infelizmente, “nem tudo correu bem em todos os casos, mas a Natureza tem uma força muito maior do que a dos seres humanos”, disse o presidente da ANMP.
“Neste início de período crítico, este apelo no sentido de que todos compreendamos aquilo que se pode fazer e de direcionarmos as nossas energias para esse serviço de estado de prontidão e de socorro a quem precisa”, concluiu.
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