"Esperamos desferir um golpe hoje. Há muitos recursos no terreno e o trabalho que estamos a fazer é muito intenso", disse a coordenadora da Proteção Civil, Nieves Villar, referindo que existia pouco vento na zona.
"É um incêndio que está mais bem contido", disse Nieves Villar a partir de Pinofranqueado, uma cidade perto da floresta em chamas, embora salientando que o fogo ainda está "longe de estar sob controlo".
Bombeiros portugueses juntaram-se aos seus colegas espanhóis e há mais de 600 elementos no terreno.
No total, a área afetada mede entre 8.000 e 8.500 hectares, mas, segundo a representante, vai demorar alguns dias até se poder traçar os contornos com mais precisão.
Cerca de 700 habitantes foram retirados das suas casas e, por enquanto, não há planos para regressarem.
O incêndio está atualmente confinado e estão a ser desenvolvidos trabalhos para evitar que o fogo saia da zona, disse David Barona, comandante da Unidade Militar de Emergência (UME), à televisão estatal TVE.
Embora o verão, que é a época do ano em que ocorrem os incêndios florestais, ainda não tenha chegado, Espanha já registou vários fogos. Foi o país mais atingido na Europa em 2022, com quase 500 incêndios que destruíram mais de 300.000 hectares, de acordo com o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS).
Sendo um país europeu na linha da frente das alterações climáticas, Espanha regista há vários anos um aumento das ondas de calor, com chuvas cada vez mais escassas e irregulares. O primeiro trimestre deste ano foi o mais seco desde que há registos, em 1961, segundo a Agência Meteorológica Nacional.
À acentuada falta de precipitação, juntou-se uma onda muito precoce de temperaturas extremas no final de abril, que atingiu um recorde absoluto para esse mês na Espanha continental (38,8ºC), um nível mais típico nos meses de julho ou agosto.
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