Carlos César assumiu esta posição depois de questionado pelos jornalistas sobre as reais condições políticas para que a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, continue em funções no Governo.
O líder da bancada socialista afirmou acreditar que, no próximo sábado, do Conselho de Ministros extraordinário dedicado exclusivamente à questão dos incêndios, "sairão decisões e também um estado de espírito que alterará essa metodologia de decisão".
"E, naturalmente, alguns dos decisores, particularmente ao nível da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC)", completou Carlos César.
Em matéria de mudanças, além das que referiu ao nível da ANPC, o presidente do PS foi ainda um pouco mais longe, vincando que o primeiro-ministro, António Costa, tem a responsabilidade "legal e política de avaliar das condições que cada um dos seus ministros tem para o desempenho das funções".
"Concluído este Conselho de Ministros [extraordinário do próximo sábado], delineada a estratégia a seguir no curto e no médio prazo, certamente que o senhor primeiro-ministro avaliará se essas condições existem ou não existem, e tomará a decisão que só a ele compete tomar", frisou.
Carlos César lamentou depois que o sistema de proteção civil em Portugal esteja "a falhar sucessivamente em termos de prevenção e de intervenção operacional" em muitas circunstâncias.
"Isso tem penalizado a nossa capacidade de resposta. É preciso ter a consciência de que as coisas são assim e de que é preciso modificar essas situações", acrescentou.
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