O DECIR para este ano foi apresentado em abril e contabilizava 34 meios aéreos para o período de 15 a 31 de maio, quando acontece o primeiro reforço de meios do ano.

No entanto, e numa resposta enviada à agência Lusa, a Força Aérea Portuguesa (FAP) indica que “atualmente estão garantidos 23 meios aéreos” para segunda-feira, a que se vão juntar mais nove meios aéreos “assim que cumpridas todas as formalidades administrativas e assinatura dos respetivos contratos”, o que totaliza 32.

O DECIR prevê um novo aumento de meios aéreos em 01 de junho e, segundo a FAP, estão garantidos 37 meios aéreos para essa data, somando-se depois mais 28 aeronaves “assim que cumpridas todas as formalidades administrativas e assinatura dos contratos”.

Em junho, quando todos os meios aéreos estiverem operacionais serão 65 as aeronaves disponíveis para o combate aos incêndios, mais cinco do que os anos anteriores, precisa a FAP.

O DECIR para este ano prevê, para o período de 01 de junho a 30 de setembro, 72 meios aéreos, mais 12 do que em anos anteriores, mas este número não se conseguiu concretizar nos concursos públicos internacionais lançados duas vezes pela Força Aérea.

Em causa estão um concurso público para o aluguer de 33 helicópteros ligeiros para o período de 2023 a 2024 e um outro para a contratação de dois aviões anfíbios pesados para este ano e quatro para 2024.

Na resposta enviada à Lusa, a FAP indica que não se conseguiram alugar cinco helicópteros ligeiros por “indisponibilidade no mercado internacional” e “desistência de um dos fornecedores”, pelo que vão ser substituídos por helicópteros médios.

A FAP também não conseguiu concretizar o concurso relativo aos dois aviões anfíbios “por indisponibilidade no mercado europeu e por noutros continentes o preço representar o dobro do previsto”, pelo que vão ser substituídos por dois helicópteros pesados.

A Força Aérea acrescenta que a substituição destes dois aviões, também conhecidos por ‘Canadair’ foi coordenada com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e “permite minimizar a falta de aviões anfíbios no mercado”.

A FAP adianta ainda que estes sete meios aéreos vão ser contratados por ajuste direto após consulta a várias entidades, estando ainda a decorrer essa fase.