A Porto Editora anunciou esta quinta-feira que a Palavra do Ano de 2017 é "incêndios", numa cerimónia na Biblioteca Municipal Ary dos Santos, em Sacavém, no concelho de Loures, nos arredores de Lisboa.
Os incêndios florestais marcaram o ano passado, ao provocarem mais de 100 mortos em 2017, 64 dos quais em 17 de junho em Pedrógão Grande e 45 resultaram dos fogos que em 15 de outubro deflagraram em várias regiões da zona centro.
O vocábulo "incêndios" arrecadou 37% dos votos de cerca de 30 mil internautas que participaram na votação. No 2º lugar, com 20% dos votos, ficou a palavra "afeto" e, no 3º, "floresta", com 14% das preferências.
O 4.º lugar é ocupado pela palavra "vencedor", com 8% dos votos, um termo escolhido por, em maio do ano passado, "pela primeira vez, e de forma surpreendente", Portugal ter sido o país vencedor do Festival Eurovisão da Canção, "sendo de sublinhar o entusiasmo e o carinho que o cantor Salvador Sobral despertou junto dos portugueses", escreveu a Porto Editora.
No 5.º posto, ex-aequo - com 5% cada -, ficaram os termos "crescimento", uma palavra que "há bastante tempo não era usada para definir o comportamento da economia portuguesa, facto que foi notório ao longo do ano", e "cativação", palavra que se tornou muito visível e "algo controversa, na estratégia orçamental do Governo", no âmbito do "objetivo de manter o défice abaixo dos valores definidos com a União Europeia".
No 7.º lugar, ficou "desertificação", que arrecadou 4% das intenções, e, no 8.º, ex-aequo, com 03% das intenções de voto, cada, ficaram os termos "gentrificação" e "peregrino".
No último lugar ficou "independentista" com apenas 1%.
Esta foi a nona eleição da Palavra do Ano que, segundo a Porto Editora, "já faz parte do calendário dos portugueses, tal a curiosidade que desperta e a participação crescente nas votações, apesar de ser exclusivamente 'online'”.
As palavras eleitas nas edições anteriores foram “esmiuçar” (2009), “vuvuzela” (2010), “austeridade” (2011), “entroikado” (2012), “bombeiro” (2013), “corrupção” (2014), “refugiado” (2015) e "gerigonça" (2016).
No ano passado, participaram cerca de 28.000 cibernautas, ultrapassando os cerca de 20.000 votantes de 2015.
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