A notícia é adiantada pela TSF, que confirmou junto da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC). Portugal está a pedir o envio de meios aéreos ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil.
Esta informação contrasta com a emitida pela Comissão Europeia, que se disse "preparada para ajudar Portugal" a combater os incêndios que estão a lavrar no distrito de Aveiro, mas "ainda não recebeu um pedido" do Governo.
Contactado pela Lusa, um porta-voz do executivo de Ursula von der Leyen afirmou que a Comissão "está preparada para ajudar Portugal com todos os meios de que necessitar" para debelar os incêndios no distrito de Aveiro e numa altura em que Portugal continental está sob estado de alerta devido ao risco de incêndios.
No entanto, Bruxelas "ainda não recebeu um pedido por parte de Portugal" para a disponibilização de meios adicionais, adiantou a mesma fonte. Fonte do Ministério da Administração Interna contactada pela Lusa confirmou apenas que estão esta manhã a decorrer reuniões com os comandos nacionais da proteção civil.
A ANEPC, recorde-se, elevou o estado de alerta e prontidão dos meios de socorro para o nível mais elevado, para hoje e terça-feira, devido à previsão de risco elevado de incêndio na generalidade do território. Há mais de 100 concelhos em perigo máximo de incêndio devido ao tempo quente.
Após o alerta das entidades de proteção civil, também o Governo declarou Situação de Alerta para todo o território do continente até às 23:59 de terça-feira com medidas excecionais devido ao agravamento do perigo de incêndios rurais.
O pedido do Governo do envio de meios aéreos por parte da comunidade europeia deve-se, por exemplo, à situação em que se encontra Oliveira de Azeméis. Duas das três frentes do incêndio que lavra neste concelho continuavam ativas pelas 07:30 de hoje.
Segundo a fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil da Área Metropolitana do Porto, o posto de comando foi montado na antiga escola Sousa Bastos, junto à Estrada Nacional, naquele concelho do distrito de Aveiro, e, pelas 07:40, ainda não havia meios aéreos a apoiar o combate ao fogo.
Aveiro é, de momento, o distrito mais flagelado pelos incêndios florestais. Em Albergaria-a-Velha, várias casas foram atingidas pelas chamas devido ao incêndio que começou no concelho vizinho de Sever do Vouga, informou fonte da autarquia.
“Neste momento já temos casas a arder. Temos na Cruzinha a arder uma casa e outra na vila das Laranjeiras. São casas de primeira habitação”, disse hoje Lusa o presidente da Câmara de Albergaria-a-Velha, António Loureiro.
“Neste momento temos o fogo com várias projeções por todo o concelho. Não temos meios. Neste momento, um dos grandes dramas é a falta de meios”, disse o autarca, adiantando que os meios aéreos ainda não estão ativos.
Os incêndios que lavram no distrito de Aveiro atingiram proporções tais que estão a motivar cortes nas autoestradas A1, A25 e A29, estando a GNR a apelar para que os automobilistas não circulem nas zonas dos fogos.
*com Lusa
[Notícia atualizada às 11:04]
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