“As condições climáticas são muito adversas para qualquer planeamento que possamos ter. Se se comportarem em tempos normais, nós diremos que a nossa capacidade está disponível, se houver alterações climáticas e fenómeno da natureza como em 2017 naturalmente nunca podemos dizer que estamos todos preparados, porque aí a ajuda internacional é fundamental”, disse aos jornalistas António Nunes, à margem de uma conferencia organizada pelo Ministério da Administração Interna sobre os 20 anos de independência de Timor-Leste.
O presidente da LBP assegurou que “os bombeiros estão, como sempre estiveram no passado, disponíveis para combater os incêndios”, mas considerou que esta questão “é bastante complexa, porque os bombeiros atuam quando todos os outros pilares falham”, nomeadamente a prevenção e a limpeza das matas.
“Fazemos parte do sistema de proteção civil e naturalmente que acionados pelo sistema de proteção civil daremos o nosso melhor em todos os momentos. Houve este ano reforço do ponto de vista das equipas de prevenção diária, e também houve uma articulação muito forte entre a LBP e o Ministério da Administração Interna (MAI) no sentido de criar melhores condições quer para os bombeiros, quer para as associações para que possam desempenhar melhor o seu papel”, sustentou.
António Nunes considerou também que o sistema está ”mais robusto e preparado”, salientando que “o próprio MAI dá hoje sinais de querer ter uma visão mais próxima daquilo que é a realidade” e existiu “um esforço para se conseguir fazer um ajustamento ao dispositivo”.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil colocou em alerta amarelo 12 distritos devido ao elevado risco de incêndio até sábado à noite.
Bragança, Guarda, Viseu, Vila Real, Castelo Branco, Portalegre, Évora, Santarém, Beja, Faro, Leiria e Coimbra são os distritos em estado de alerta especial de nível amarelo até às 23:59 de sábado.
Os meios de combate aos incêndios rurais foram reforçados no passado domingo e até 31 de maio estão no terreno 9.630 operacionais que integram as 2.282 equipas e 2.165 viaturas dos vários agentes presentes no terreno, além dos 37 meios aéreos.
Os meios de combate a incêndios voltam a ser reforçados em 01 de junho, mas é entre julho e setembro, a fase mais crítica, o período que mobiliza o maior dispositivo, que este ano integra 12.917 operacionais, 3.062 equipas, 2.833 veículos e 60 meios aéreos.
Sobre o número de operacionais, o presidente da LBP disse que os meios existentes são os disponíveis e estão relacionados com a dimensão do país.
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