Questionada pela agência Lusa, Patrícia Gaspar informou que vão começar a ser retraídas algumas forças de combate, "mas de forma muito ligeira e muito gradual".
Durante a noite, alguns reforços, "sobretudo os que vieram do norte do país", devem começar a regressar aos seus postos "para que possam guarnecer as suas fileiras, uma vez que, neste momento, a situação aqui está operacionalmente mais tranquila", referiu a segunda comandante operacional nacional.
No ponto de situação operacional sobre o incêndio que afetou o barlavento algarvio, Patrícia Gaspar sublinhou que o incêndio "continua dominado".
"Durante a tarde de hoje, conseguimos responder de forma bastante eficaz a todas as reativações que se foram registando ao longo do perímetro, com especial incidência na zona da Fóia", sendo que todas elas "foram debeladas e sem oferecer perigo", acrescentou.
Sobre o número de operacionais que vão ser desmobilizados, Patrícia Gaspar não conseguiu avançar com uma estimativa, explicando que é um trabalho que "vai sendo feito ao longo da noite, à medida que evolui a avaliação da situação".
O número de feridos mantém-se nos 42, sendo que relativamente ao processo de regresso a casa, faltam apenas "regressar três pessoas".
Estas três pessoas "encontram-se numa escola em Monchique" e a Segurança Social está "a fazer tudo para que essas pessoas consigam voltar à sua casa", garantiu.
Sobre o porquê do regresso ainda não ter sido efetuado, Patrícia Gaspar explicou que a ida das pessoas para as suas casas tem de ser feita "de forma estruturada e organizada", com a visita e validação das suas habitações, que poderão ter sido afetadas pelas chamas.
O incêndio rural, combatido por mais de mil operacionais e considerado dominado hoje de manhã, deflagrou no dia 03 à tarde, em Monchique, distrito de Faro, e atingiu também o concelho vizinho de Silves, depois de ter afetado, com menor impacto, os municípios de Portimão (no mesmo distrito) e de Odemira (distrito de Beja).
A Proteção Civil atualizou o número de feridos para 41, um dos quais em estado grave (uma idosa que se mantém internada em Lisboa).
De acordo com o Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais, as chamas já consumiram cerca de 27 mil hectares. Em 2003, um grande incêndio destruiu cerca de 41 mil hectares nos concelhos de Monchique, Portimão, Aljezur e Lagos.
Na terça-feira, ao quinto dia de incêndio, as operações passaram a ter coordenação nacional, na dependência direta do comandante nacional da Proteção Civil, depois de terem estado sob a gestão do comando distrital.
[Notícia atualizada às 21:19]
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