Contados mais de um quarto dos votos, Saied apresenta-se à frente do empresário da comunicação social Nabil Karoui, atualmente em prisão preventiva por um alegado crime de corrupção, e que recolhe 14,9% dos votos.
Atrás de Karoui, mas sem grande distância, encontra-se o candidato do partido islâmico Ennahdha, Abdelfattah Mourou, com 13,1% dos votos, refere a Isie.
A primeira volta das presidenciais antecipadas da Tunísia decorreu no domingo e, segundo o chefe da equipa de observadores da União Europeia, Fábio Castaldo, decorreram em clima de normalidade.
Inicialmente previsto para 17 de novembro, o escrutínio foi antecipado após a morte do Presidente Béji Caid Essebsi, em 25 de julho.
Nas vésperas do escrutínio permanecia a incerteza e todos os cenários estavam em aberto devido à forte indecisão do eleitorado.
Entre os candidatos, e para além atual primeiro-ministro, Youssef Chahed, 43 anos, dois já foram primeiros-ministros e oito, incluindo o chefe do Governo, membros ou próximos do partido Nidaa Tounes, vencedor das legislativas em 2014, atualmente em desagregação, sem apresentar candidato e limitando-se a apoiar o ministro da Defesa, Abdelkarim Zbidi.
Duas mulheres estão também entre os candidatos, a advogada anti-islamita Abir Moussi que reivindica a herança do antigo regime do ditador Zine el Abidine Ben Ali e é defensora de um Estado “forte”, e uma antiga ministra, Salma Elloumi.
A instância eleitoral do país (Isie) proibiu a divulgação de sondagens, mas alguns estudos apontaram o controverso magnata dos media Nabil Karoui, na prisão desde 23 de agosto após uma tentativa falhada de o afastar da corrida através da alteração da lei eleitoral, como favorito.
Uma eventual segunda volta será realizada a 13 ou 20 de outubro.
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