A exceção foram os anos de 2007, 2008 e 2012, nos quais se verificou uma inflexão da tendência positiva, que foi recuperada no ano seguinte, segundo os dados do INE.
Dos 10 domínios que integram este índice (IBE), a segurança pessoal, a educação, conhecimento e competências e o bem-estar económico foram os que apresentaram “uma evolução mais favorável” no período analisado.
“Inversamente, o domínio do emprego foi o que apresentou evolução mais desfavorável”, embora tivesse recuperado continuamente desde 2013, destacou o INE.
Os dados preliminares para 2019 apontaram para a continuação de “um ligeiro crescimento do IBE”, explicado por uma melhoria na qualidade de vida, e pela “melhoria mais pronunciada” nas condições materiais de vida.
“Em 2019, o Índice de Bem-Estar atingiu o seu valor mais elevado 50,0 (numa escala de 0 a 100), continuando a recuperação iniciada em 2013”, lê-se na análise global efetuada pelo INE.
Entre 2004 e 2019, este índice passou de 23,5 a 50,0. “Esta evolução positiva deveu-se sobretudo aos progressos na vertente qualidade de vida (com a exceção do período 2007-2008) e nas condições materiais de vida (exceto no período 2010-2013)”, explicou o INE.
O domínio bem-estar económico apresentou um crescimento significativo até 2010, inverteu essa tendência até 2012 e iniciou uma recuperação desde então.
“É de relevar nesta recuperação a evolução favorável dos indicadores de desigualdade e concentração e da despesa de consumo final das famílias”, justificou o INE, especificando que estes indicadores e, em menor grau o da avaliação subjetiva das condições materiais de vida, foram os que tiveram o comportamento mais favorável.
Os indicadores relativos ao património foram não só os que tiveram a evolução mais contida, como também os que apresentaram valores mais baixos.
O domínio do equilíbrio vida-trabalho foi o indicador associado à qualidade de vida que menos cresceu, “mantendo-se relativamente estável sobretudo a partir de 2010”, na avaliação do INE.
O emprego foi a componente do bem-estar com evolução mais desfavorável, devido essencialmente à evolução da disparidade salarial entre homens e mulheres, “a qual só muito recentemente tem diminuído”, e do subemprego dos trabalhadores a tempo parcial, observaram os técnicos do INE.
“O indicador com evolução mais favorável, embora muito ligeira, foi o da proporção de pessoas que pensam ser provável ou muito provável perder o seu emprego nos seis meses seguintes. O índice deste domínio que decresceu continuamente até 2013, inverteu a tendência a partir desse ano, tendo-se projetado para 2019 a continuação desta melhoria”, lê-se no relatório.
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