Em declarações aos jornalistas, no final da inauguração da nova sede do IAC, na Avenida da República, em Lisboa, o chefe de Estado começou por felicitar a sua agora presidente honorária, Manuela Eanes, que lançou o instituto em 1983.
“Durante estes 36 anos, o Instituto apoiou crianças, sobretudo em bairros problemáticos, na Área Metropolitana de Lisboa e fora dela, em condições muito difíceis e com poucos meios e hoje finalmente tem uma sede à altura das necessidades”, salientou.
O Presidente da República destacou o mérito do IAC “em ter percebido primeiro o que hoje toda a gente admite”, que é a necessidade de proteção da criança e dos seus direitos, sobretudo das mais desfavorecidas.
“Bem hajam por terem sido pioneiras numa causa que não existia e terem mantido essa luta com determinação, coragem, lucidez e determinação”, enfatizou.
Além de Manuela Eanes, marcou também presença na inauguração o antigo Presidente da República Ramalho Eanes, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e, em representação do Governo, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e as secretárias de Estado da Educação e da Inclusão.
A presença do primeiro-ministro estava também prevista, mas uma reunião que se estendeu para lá do previsto na Polícia Judiciária impediu António Costa de comparecer.
A atual presidente do IAC, Dulce Rocha, o provedor da Santana Casa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, a Procuradora Geral da República, Lucília Gago, e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, foram outras figuras presentes na inauguração da nova sede.
O edifício da sede, em pleno coração lisboeta, foi cedido pela autarquia lisboeta por um período de 50 anos, renováveis.
A mudança para a nova sede, na Avenida da República, permitirá uma “maior concentração de serviços”, para dar uma “resposta mais pronta” aos casos de crianças em risco de que o IAC se ocupa, disse na segunda-feira à Lusa a presidente executiva da instituição sem fins lucrativos, Dulce Rocha.
A nova sede vai albergar os serviços jurídico, de relações externas e de atividade lúdica do IAC, o setor de humanização dos serviços de atendimento à criança, o fórum Construir Juntos, o Centro de Estudos, Documentação e Informação sobre a Criança e o Projeto Rua – Em Família para Crescer, embora a intervenção deste último decorra em contexto comunitário.
Nas novas instalações vão trabalhar cerca de 40 funcionários.
Fora da nova sede fica o serviço SOS Criança, que vai manter-se nas antigas instalações, na Avenida da Igreja. Dulce Rocha justificou a “impossibilidade de mudar este setor” pelas “limitações de espaço” da nova sede, que funcionará num edifício cedido pela Câmara Municipal de Lisboa.
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