“Em nome da importância da investigação, para a Justiça, para o país, convidei os colegas que integraram o grupo de trabalho a regressarem aos seus postos, o que ocorrerá imediatamente”, revelou o PGR interino, citado na página do Ministério Público Federal (MPF) do Brasil.

No início do mês, seis procuradores da Lava Jato, maior operação contra a corrupção no Brasil, pediram a demissão coletiva por discordarem da postura de Raquel Dodge, que teve na terça-feira o seu último dia na liderança do Ministério Público.

O português Alcides Martins exercerá o comando interino da PGR até o Senado brasileiro avaliar o nome de Augusto Aras para o cargo, cuja indicação foi feita pelo Presidente do país, Jair Bolsonaro, no começo do mês, estando a votação prevista para a próxima semana.

No seu discurso de tomada de posse, Alcides Martins assegurou que dará continuidade à atuação do Ministério Público "em todas as frentes".

"Não obstante a interinidade que decorre da lei, eu cumprirei na plenitude, as atribuições do cargo de PGR. Assumo o mandato com a disposição de dar continuidade ao trabalho em todas as frentes de atuação da PGR, com a colaboração de toda a equipa”, frisou o magistrado português.

Na passagem do cargo para Alcides Martins, Raquel Dodge desejou sorte ao seu substituto interino e ressaltou os problemas com que um procurador-geral da República se depara.

“Não escolhemos as adversidades, escolhemos o modo de trabalho. Nós escolhemos as lutas que iremos travar e para isso escolhemos o modo de enfrentá-las”, declarou Raquel Dodge, hoje, em Brasília.

Vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal do Brasil, Alcides Martins está no sexto mandato como conselheiro titular do órgão.

O magistrado entrou no MPF em 1984 e tornou-se subprocurador-geral da República em 2000.

No início do mês, Jair Bolsonaro anunciou António Augusto Brandão de Aras como o novo PGR do Brasil, substituindo Raquel Dodge.

A ex-PGR poderia ser reconduzida, mas o chefe de Estado optou por Augusto Aras, nome que não constava na lista tríplice: três nomes sugeridos por votação interna dos procuradores para ocupar o cargo.

Esta é a primeira vez, em 16 anos, que o chefe de Estado não escolheu o procurador-geral do país com base nessa lista.

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