"A cultura não se resume a um ministério, não se resume a um aparelho centralizado. Nós não podemos medir a intervenção pública na cultura apenas pelos orçamentos dos ministérios da Cultura. Primeiro, porque todos os ministérios fazem cultura, não é só o Ministério da Cultura", disse Luís Castro Mendes.
O ministro, que falava durante a inauguração da Casa da Presença da Memória Judaica de Castelo Branco, realçou o "papel importante" que as autarquias e os poderes locais têm em termos de investimento público, e considerou esse papel decisivo no progresso das instituições e das atividades culturais.
"Por isso, o que queremos para a cultura é a associação, a parceria entre o Estado em todas as suas vertentes da administração, não apenas o Ministério da Cultura, as autarquias e os poderes locais com toda a sua capacidade e a sociedade civil", sublinhou.
O governante realçou ainda o trabalho que o município de Castelo Branco tem feito na área da cultura, ao longo dos últimos anos, através da realização "de uma rede cultural inteligente, com valores diferentes, com diferentes exposições, apresentações, evocações, memória e futuro, memória e contemporaneidade, por ação da câmara".
"É portanto por aí e através desta atividade de todos, que nós vamos trabalhar pela cultura, pelo conhecimento, pela criatividade e pela ciência", concluiu.
O presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, disse que a cidade tem, a partir de agora, mais um espaço museológico que se junta a toda a rede de museus de Castelo Branco.
O autarca relembrou ainda as obras culturais que tem em curso, e adiantou que o concelho vai ficar com uma rede de espaços culturais que podem vir a ter um papel "muito importante" no seu desenvolvimento.
"Pode ser [a cultura] a alavanca principal daquilo que queremos fazer em termos turísticos para Castelo Branco", sublinhou.
Luís Correia disse ainda que pretende que esta rede de infraestruturas culturais seja, no futuro, a alavanca da política turística do concelho.
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