De acordo com a agência das Nações Unidas, as inundações, que afetaram 11 dos 18 estados do Sudão, afetaram um total de 73.183 pessoas, das quais mais de 21.370 foram obrigadas a fugir das suas casas, principalmente no estado oriental do Mar Vermelho e no estado ocidental do Darfur Ocidental.
As fortes chuvas, que provocam estas catástrofes nesta altura do ano no Sudão, destruíram também 14.340 casas, segundo o OCHA, muito longe dos números fornecidos há dois dias pelo Governo sudanês, que indicava que cerca de 5.575 casas tinham sido danificadas no último mês.
No entanto, o Governo apenas forneceu dados relativos a sete dos 18 estados, uma vez que o Sudão está envolvido numa guerra desde 15 de abril, que opõe o exército às forças paramilitares de apoio rápido (RSF) e que dividiu o país entre o leste e o oeste.
O chefe do Departamento de Emergências Sanitárias do Sudão, Al Fadil Mahmud, disse na terça-feira que as fortes chuvas mataram 32 pessoas e feriram 107 outras no último mês.
O Sudão sofre todos os anos com a estação das chuvas, que se prolonga por quase quatro meses a partir de julho e afeta a população e as infraestruturas degradadas do país, devastadas por décadas de guerra.
Além disso, as cheias também aumentam o risco de surtos de doenças infecciosas como a cólera, o que constitui uma grande preocupação para as autoridades e as agências humanitárias face à escassez premente de vacinas e de acesso às zonas afetadas devido ao conflito em curso.
De acordo com os dados da ONU, um dos anos mais devastadores no Sudão foi 2020, quando pelo menos 138 pessoas morreram devido às inundações, mais de 900.000 pessoas foram afetadas e 2,2 milhões de hectares de culturas foram danificados.
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