Os resultados da investigação foram publicados numa revista científica dedicada a cirurgia do joelho e artroscopia, mudam a perceção sobre aquela articulação e podem ajudar a explicar por que é que muitas lesões continuam a doer meses ou anos depois de terem acontecido.
Os ligamentos laterais do tornozelo são os que se magoam mais frequentemente, especialmente por causa de entorses, que continuam a provocar problemas muito depois de acontecerem e deixam uma tendência para novas entorses que até agora não tinha sido possível explicar.
Complexo ligamentoso fibulotalocalcâneo lateral foi o nome escolhido para a estrutura anatómica pela equipa especializada na anatomia do sistema musculoesquelético.
A equipa científica da faculdade de medicina tentou uma nova abordagem a dissecar aquela parte do corpo e deu-se conta de que "algumas fibras de ligação entre ligamentos eram habitualmente eliminadas porque se pensava que não faziam parte do ligamento", afirmou o investigador Miguel Dalmau.
"Esta descoberta faz-nos pensar que o comportamento depois de uma lesão será semelhante ao de outros ligamentos entre articulações que são capazes de cicatrizar sozinhos, o que faz com que a articulação fique instável e precise de intervenção cirúrgica", afirmou.
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