A investigadora principal, Marta Cascante, explicou, em declarações à agência Efe, que esta parte das azeitonas atualmente não tem aproveitamento e que sempre pensou que “devia fazer alguma coisa para ajudar as pessoas com tendência a desenvolver pólipos intestinais no cólon e no reto”.
O estudo de Cascante, que foi distinguido na semana passada com o prémio do Conselho Social e Fundação Bosch e Gimpera (FBG) na categoria de melhor projeto de transmissão de conhecimento, destina-se a desenvolver um suplemento alimentar para as pessoas afetadas.
Este suplemento, de caráter natural por ser elaborado com as sobras das azeitonas resultantes da produção de azeite, ajudará a reduzir os tumores intestinais, além de “gerar um valor ao aproveitar os resíduos da indústria alimentar”, assegurou a autora.
A investigadora defendeu a importância de fazer um produto deste tipo porque as pessoas que sofrem deste mal têm de submeter-se, durante toda a vida, a controlos muito exaustivos e a várias extrações de pólipos para evitar que se transformem em tumores.
“Em alguns casos, infelizmente, o problema não se resolve”, acrescentou Cascante, reivindicando a necessidade de investigar tratamentos “para esta enfermidade minoritária”.
Até ao momento, as investigações têm sido feitas em ratos, aos quais foi ministrado durante seis semanas o composto de peles de azeitona para comprovar se a redução dos pólipos intestinais era efetiva, com o que pôde demonstrar-se uma diminuição de 45%.
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