“Serão interditas todas as visitas aos doentes internados no IPO Lisboa, sendo as situações excecionais avaliadas e decididas caso a caso pelos diretores de cada serviço, em conjunto com os enfermeiros-chefes”, refere um comunicado enviado à agência Lusa.
Quanto aos doentes do ambulatório (consultas, tratamentos, exames, análises), “devem deslocar-se ao IPO Lisboa sem acompanhantes, sempre que a sua situação clínica o permita”. Nos casos em que não seja possível, estes doentes “só devem ser acompanhados por uma pessoa”, acrescenta.
“A implementação destas medidas é temporária, visa a proteção dos doentes e dos profissionais e a continuidade da atividade assistencial do IPO”, justifica a unidade hospitalar.
Estas medidas de prevenção levadas a cabo pelo Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa) foram adotadas no âmbito do Plano de Contingência para a Infeção pela Covid-19 e atendendo à situação epidemiológica portuguesa.
Na segunda-feira, o IPO já tinha anunciado a restrição dos horários de visita e o número de visitantes a doentes internados, para reduzir o risco de propagação da Covid-19 naquela unidade hospitalar.
O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.600 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.
O número de infetados ultrapassou as 125 mil pessoas, com casos registados em cerca de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou hoje o número de infetados, que registou o maior aumento num dia (19), ao passar de 59 para 78, dos quais 69 estão internados.
O boletim divulgado hoje assinala também que há 133 casos a aguardar resultado laboratorial e 4.923 contactos em vigilância, mais 1.857 do que na quarta-feira.
No total, desde o início da epidemia, a DGS registou 637 casos suspeitos.
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