O objetivo é “conseguir preços mais baixos” na aquisição de EPI e a decisão emanou de uma reunião 'online' realizada hoje entre representantes de 85 das 120 instituições afiliadas nas uniões dos quatro distritos.
“Estamos a notar uma grande inflação dos preços [dos EPI], apesar da redução do IVA, pelo que vamos tentar, enquanto união, baixar esses preços e conseguir uma maior força negocial em nome das várias instituições, que têm tido custos brutais”, explicou à agência Lusa o representante no Alentejo da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), Tiago Abalroado.
Além da plataforma de negociação conjunta, as IPSS estão, também, a preparar uma iniciativa de proteção psicológica e mental dos utentes das várias instituições para “minimizar os riscos do foro psicológico dos utentes que estão em sofrimento”.
“Muitos não têm qualquer contacto com o exterior ou as suas famílias e estão a revelar algumas debilidades a nível mental, assim como os que são assistidos em casa por estes centros. Vamos procurar contratar técnicos de psicologia e saúde mental para trabalharem junto das várias instituições e partilhar os custos desses profissionais”, revelou Tiago Abalroado.
Entre os participantes da reunião esteve também o responsável de uma empresa que já distribuiu gratuitamente mais de 200 oxímetros pelas instituições que prestam cuidados à terceira idade naqueles distritos.
Os oxímetros vão permitir monitorizar e manter um registo do nível de oxigenação dos utentes, uma vez que “existem estudos que indicam que um dos primeiros sintomas [da covid-19] é o nível de oxigenação”, referiu Tiago Abalroado.
A reunião contou ainda com a participação do secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional e também coordenador do combate à covid-19 no Alentejo, Jorge Seguro Sanches, que apresentou “uma mensagem de alento” da ministra do Trabalho e Solidariedade, Ana Mendes Godinho, além do arcebispo de Évora, Francisco Senra Coelho, que “teve uma intervenção muito motivadora”.
O sentimento dos responsáveis das IPSS continua a ser de “apreensão e cautela”, de acordo com Tiago Abalroado, que representa o Alentejo na Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS).
“As realidades estão a ser diferentes de concelho para concelho. Enquanto no início estávamos todos ao mesmo nível, agora temos territórios onde [os casos positivos] não existem e maior preocupação nos que têm casos”, explicou.
Portugal contabiliza pelo menos 1.555 mortos associados à covid-19 em 40.866 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
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