Em 2018, Britney nomeou a irmã, Jamie Lynn Spears, como administradora da sua fortuna caso morresse. Agora quer mais poder.
Jamie, antiga estrela da Nickelodeon agora com 29 anos, pediu ao tribunal para controlar os fundos que Britney guardou para os filhos, em 2004 (que a 'BBC' avança que se chama "SJB Revocable Trust"), passando-o para contas das quais Jamie tem tutela. Se o movimento desses fundos for aprovado, é necessária a aprovação de um juiz para os levantar.
As finanças de Britney, de 38 anos, continuam a ser controladas pelo pai, James Spears, que tem sido o ‘tutor’ da filha há 12 anos, devido a problemas de saúde mental da artista. O pai terá esse poder até fevereiro de 2021.
Desde 2008 que o pai teve o poder de limitar as visitas de Britney, com exceção do advogado da filha. Também teve o poder de comunicar com o médico da artista e de ter acesso aos registos médicos, onde constam os tratamentos e diagnósticos.
Um regime de tutela deste tipo (conservatorship, em inglês) é normalmente dado a indivíduos que não são capazes de tomar decisões sozinhos, tais como as pessoas que sofrem de demência ou outro tipo de doença mental.
Dia 22 de agosto terminava o papel do pai como ‘tutor’ e, de acordo com o documento entregue no Tribunal Superior da Califórnia, em Los Angeles, nos Estados Unidos, Britney opunha-se "fortemente contra o regresso de James como ‘conservator’ da sua pessoa” e fazia saber que a sua vontade era que a sua ‘manager’, Jodi Montgomery, tomasse o lugar do pai. No entanto, o tribunal decretou, numa audiência à porta fechada, que a tutela se mantém nas mãos do pai.
O pai tinha-se afastado do papel de tutor da filha temporariamente, em 2019, devido a problemas de saúde. Tinha sido Jodi Montgomery quem tinha assumidos as responsabilidades.
Também a mãe de Britney, Lynne Spears, em julho deste ano, fez um pedido ao tribunal para ser incluída na tutela da filha. Lynne divorciou-se de Jamie Spears em 2002, embora se tenham reconciliado em 2010.
Movimento FreeBritney
Alguns fãs de Britney Spears acreditam que ela foi forçada a aceitar a situação de estar sob a tutela do pai e, por isso, têm em mãos a campanha "Libertem Britney", através das redes sociais e da hashtag #FreeBritney. A campanha remonta a 2009, quando os fãs fizeram saber que discordavam da tutela.
Na origem de tudo está um comportamento errático por parte da pop star americana em 2007, após se divorciar de Kevin Federline. Nessa altura, Britney perdeu a custódia dos dois filhos, Jayden e Sean, apesar de poder ter visitas frequentes.
A situação de Britney fez correr muita tinta e disparar muitas câmaras fotográficas quando rapou a cabeça e foi fotografada a bater num carro de um papparazo com um guarda-chuva, entre outros incidentes, como conduzir com o filho Sean ao colo e sem cinto.
Após recusar entregar os filhos numa operação policial que durou três horas, em janeiro de 2008, foi levada de ambulância e colocada em cuidados psiquiátricos. Chegou a ser internada algumas vezes para fazer tratamentos de desintoxicação.
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