Nas últimas 24 horas foram registadas 126 novas infeções com o novo coronavírus em Itália, perfazendo um número total de casos no país de 240.436.
Cerca de metade dos novos casos, 78, foram detetados na região da Lombardia, no norte do país, a mais afetada pela pandemia.
Contudo, das seis mortes, apenas uma foi registada na Lombardia, tendo as demais ocorrido no Piemonte (duas), Emília-Romagna (duas) e uma na região da Toscana.
O número de doentes em cuidados intensivos continua a diminuir, havendo agora apenas 96 em toda a Itália.
As autoridades continuam a acompanhar de perto alguns focos que têm surgido nos últimos dias, mas consideram que a situação da pandemia está controlada na maioria do território.
Ainda assim, a Lombardia prolongou por mais duas semanas, até 14 de julho, o uso obrigatório de máscara, mesmo em locais abertos, como medida de precaução, de acordo com o presidente da região, Attilio Fontana.
“Embora a máscara incomode, especialmente no calor de julho, o seu uso terá que continuar até 14 de julho”, escreveu Fontana na sua página da rede social Facebook.
“Está quente, muito quente, mas a opinião dos virologistas é de manter ainda as precauções anti-contágio, começando com o uso da máscara”, concluiu o governador da Lombardia.
Por sua vez, o conselheiro regional de Saúde, Giulio Gallera, alertou para a permanência dos riscos.
“O vírus está aí. Será diferente, será menos perigoso, mas está aí. Não devemos abandonar a ideia de que a nossa normalidade deve ser uma normalidade diferente. A máscara, que é um sacrifício hoje, é importante”, aconselha Galera, prometendo avaliar o seu abandono no final de julho.
Espanha pondera "confinamentos cirúrgicos"
No que toca a Espanha, os serviços sanitários do país atualizaram para 28.346 o número total de óbitos com a pandemia, mais um do que domingo, havendo 12 óbitos notificados na última semana, dos quais cinco na comunidade autónoma de Madrid, a mais atingida.
Por outro lado, o total de pessoas infetadas desde o início da pandemia é de 248.970, dos quais 84 nas últimas 24 horas.
A comunidade autónoma da Andaluzia é a região com mais novos casos (32), seguida de Aragão (15) e da Catalunha (11).
O relatório diário com a atualização da situação epidemiológica no país informa que já passaram pelos hospitais 125.132 pessoas com a covid-19, tendo dado entrada na última semana 137.
O ministro da Saúde espanhol, Salvador Illa, defendeu hoje numa entrevista a uma rádio o confinamento cirúrgico ou seletivo para deter os surtos da pandemia que têm aparecido em Espanha.
"Os confinamentos cirúrgicos fazem parte da estratégia atual: se for detetado um surto, e for necessário confinar um edifício, uma empresa ou colocar em quarentena um bloco de apartamentos [...] as comunidades autónomas estão habilitadas e têm o apoio do Ministério" da Saúde, declarou o responsável governamental.
Reino Unido identifica surto em Leicester
O Reino Unido registou 25 mortes nas últimas 24 horas de pessoas infetadas com o novo coronavírus, o que aumenta para 43.575 o total de óbitos durante a pandemia covid-19, revelou hoje o ministério da Saúde britânico.
Dos mais 93.881 testes realizados, 815 foram positivo, pelo que o número de infetados aumentou para 311.965 desde o início da pandemia, acrescentou.
No domingo tinham sido comunicadas 36 mortes e 901 novos infetados relativamente à véspera, mas os valores durante o fim-de-semana podem ser afetados pela demora no processo administrativo do registo dos óbitos.
A redução do número de mortes e casos tem sustentado a estratégia do Governo para passar à terceira fase do desconfinamento a partir de sábado, com a reabertura de restaurantes, bares, cinemas e cabeleireiros.
Porém, um surto identificado em Leicester poderá levar ao prolongamento das restrições nesta cidade do centro de Inglaterra por mais duas semanas, adiantou hoje à BBC o presidente da Câmara Municipal, Peter Soulsby.
De acordo com dados da Public Health England, foram diagnosticados quase 3.000 casos de pessoas infetadas em Leicester desde o início da pandemia, dos quais 866 nas últimas duas semanas.
Soulsby criticou o relatório que recebeu das autoridades esta madrugada com recomendações para manter o confinamento localmente.
"É superficial e a descrição do Leicester é imprecisa e não nos fornece as informações de que precisamos para permanecer as restrições por duas semanas a mais do que o resto do país”, argumentou.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 501 mil mortos e infetou mais de 10,16 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (125.803) e mais casos de infeção confirmados (mais de 2,54 milhões).
Seguem-se o Brasil (57.622 mortes, mais de 1,34 milhões de casos), Reino Unido (43.575 mortos, quase 312 mil casos), a Itália (34.738 mortos e mais de 240 mil casos), a França (29.778 mortos, mais de 199 mil casos) e a Espanha (28.346 mortos, quase 249 mil casos).
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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